quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Cypress Hill faz apresentação única em São Paulo

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Um dos mais populares grupos de rap de todos os tempos, o Cypress Hill faz show único no Brasil nesta quarta-feira (dia 27) no Espaço das Américas, em São Paulo. A última vez que o grupo se apresentou no país foi em 2011, para divulgar o álbum Rise Up, de 2010.

A apresentação faz parte da turnê sul-americana Insane In The Mente, que celebra os 20 anos de lançamento de Black Sunday, seu álbum mais aclamado e que consagrou definitivamente a trupe. A abertura da noite fica por de Edi Rock, um dos membros fundadores do grupo de rap Racionais MC's.

O Cypress Hill vendeu cerca de 18 milhões de cópias de seus discos ao redor do mundo, sendo o primeiro grupo latino de Rap a alcançar o primeiro lugar da Billboard e conquistar um disco de platina dupla com Black Sunday, em 1993. O grupo também venceu três Grammy Awards de Melhor Performance de Rap por Grupo ou Dupla: por "Insane in the Brain", em 1994; por "I Ain't Goin' Out Like That", em 1995; e por "Throw Your Set in the Air", em 1996.

Formado em South Gate, California, o Cypress Hill surgiu com Senen Reyes (Sen Dog) e Ulpiano Sergio Reyes (Mellow Man Ace), irmãos cubanos que migraram com a família para os Estados Unidos em 1971. Em 1988, os dois irmãos uniram-se a Lawrence Muggerud (DJ Muggs) e Louis Freese (B-Real) para formar um grupo de hip-hop chamado DVX (Devastador Vocal Excellence). Com a saída de Mellow Man Ace, o grupo logo mudou seu nome para Cypress Hill.

Depois de gravar uma demo em 1989, o Cypress Hill assinou um contrato com a gravadora Columbia Records. Seu primeiro álbum, auto-intitulado, foi lançado em agosto de 1991. O disco chegou a vender dois milhões de cópias somente nos EUA e o grupo fez sua primeira aparição no Lollapalooza em 1992.

Em seguida veio Black Sunday, que estreou no número um na Billboard 200 em 1993, registrando a maior vendagem por um grupo de rap até aquele momento. Além disso, o Cypress Hill se tornou o primeiro grupo de rap a ter dois álbuns no top 10 da Billboard 200 ao mesmo tempo. Com "Insane in the Brain" virando hit, o álbum ganhou disco de platina triplo nos EUA.

Em seguida, o grupo solidificou sua popularidade além do nicho do rap, fazendo turnês com House of Pain, Funkdoobiest e Rage Against the Machine, além de participar da trilha sonora do filme Uma Jogada do Destino (Judgment Night), com uma parceria com o Pearl Jam na faixa "Real Thing" e com o Sonic Youth em "I Love You Mary Jane". Em 1994, o grupo tocou na edição mais recente do festival Woodstock e novamente no Lollapalooza, em 1995. Eles também apareceram no "Homerpalooza", episódio de Os Simpsons. No mesmo ano, o grupo lançou o terceiro álbum, Cypress Hill III: Temples of Boom, alcançando o número 3 na parada da Billboard com a força do hit "Throw Your Set in the Air".

Após mais dois discos e uma rápida pausa, a banda lançou um álbum de grandes sucessos em espanhol, batizado espertamente de Los maiores sucessos em espanhol. Em 2000, o Cypress Hill voltou experimentando com seu quinto álbum: um disco duplo, Skull & Bones trazia um lado composto de faixas de rap e outro explorando uma sonoridade mais próxima do rock. Com o álbum, o grupo alcançou o Top 5 da Billboard, impulsionado pelos singles "Rock Superstar" e "Rap Superstar". Logo após o lançamento de Skull & Bones, Cypress Hill e MxPx serviram como bandas de abertura de uma turnê do Offspring. O Cypress Hill continuou sua experimentação com o rock no álbum Stoned Raiders, em 2001, mas o efeito não foi tão bem sucedido quanto o álbum anterior.

Festival da Maconha

Apesar de já deixar explícita a sua admiração pela maconha em músicas como "Roll It Up, Light It Up, Smoke It Up" ("Enrole, Acenda, Fume") e "Yo Quiero Fumar", o Cypress Hill não deixou seu interesse na erva parar por aí; o grupo realiza anualmente o Smokeout Music Festival em San Bernardino, na Califórnia. O evento traz artistas de hip hop, música eletrônica, dubstep e metalcore e, como não poderia deixar de ser, é uma iniciativa a favor do uso de cannabis para fins medicinais. O primeiro festival foi realizado em 1998, e o mais recente, em março de 2012.


CYPRESS HILL EM SÃO PAULO
Onde? Espaço das Américas Endereço: R. Tagipuru, 795, Barra Funda - São Paulo, 01156-000
Data: 27/11/2013 (quarta-feira) 22h00
Quanto custa para entrar?
Camarote Limitado R$ 180,00 preço único
Pista 1º Lote R$ 80,00 - com carteira de estudante ou 1 kg de alimento
Pista Premium: R$ 120,00 (estudante ou 1 kg de alimento) - R$ 240,00 (inteira)
Para maiores informações, acesse o site.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Planeta Terra – Perfil de Lana Del Rey

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Sex symbol, desafinada, retrô contemporânea, farsa. Estes são apenas alguns dos termos mais utilizados por fãs e detratores para definir Lana Del Rey, uma das atrações do Planeta Terra Festival 2013, que acontecerá no dia 9 de novembro, no Campo de Marte, em São Paulo. Desde que seu primeiro hit "Video Games" começou a chamar atenção no mundo pop, as reações em torno da cantora sempre foram adversas.

Lana Del Rey é a persona de Elizabeth Woolridge Grant, uma nova-iorquina de 27 anos que ficou conhecida após postar um vídeo supostamente caseiro, gravado com uma webcam e editado pela própria cantora, em um canal no YouTube. Antes de "Video Games" se tornar um viral e atingir mais de 20 milhões de visualizações na primeira semana, Lana Del Rey já havia lançado material demo como May Jailer e um EP chamado Kill Kill em 2008, sob o nome Lizzy Grant. Em janeiro de 2010, a cantora voltou com o disco Lana Del Ray A.K.A. Lizzy Grant, lançamento que foi vendido por um breve período antes de ser removido pela sua própria gravadora, com o intuito de separar Lizzy Grant da nova fase da artista. Este lançamento recebeu péssimas críticas da imprensa musical.

Em janeiro de 2012 saiu o disco Born to Die pelas gravadoras Interscope Records e Stranger Records, gerando sete singles: "Video Games", "Born to Die", Off to the Races", "Carmen", "Blue Jeans", "Summertime Sadness" e "National Anthem". Com uma temática nostálgica, centrada em estética de músicas americanas dos anos 1950 e 1960, Lana Del Rey surgiu como uma "Nancy Sinatra gangster" ou "Lolita perdida na floresta", como a própria artista se define. O nome artístico "Lana Del Rey" é inspirado na atriz símbolo sexual dos anos 40, Lana Turner, e no carro de luxo dos anos 80, Ford Del Rey.



Diferente de seu trabalho anterior, o álbum Born to Die foi bem recebido pela crítica, fazendo com que ele ficasse entre os 50 melhores álbuns de 2012 por muitas revistas e jornais. No mesmo ano, aconteceu o relançamento do disco, intitulado Born to Die - The Paradise Edition, com a adição de sete faixas inéditas. No total, o álbum original e seu relançamento totalizaram vendas de mais de 2,9 milhões de cópias, sendo o quarto mais vendido do ano. Lana Del Rey também lançou o EP Paradise, vendendo mais de 151 mil cópias na primeira semana.

A cantora fechou o ano de 2012 sendo a personalidade mais procurada da internet, de acordo com o Google. Foram 722.000.000 buscas que a deixaram na frente de cantoras como Rihanna, Adele, Cher e Lady Gaga.

Mas Lana Del Rey não é unanimidade. Segundo os detratores, a cantora é uma farsa, uma artista meticulosamente montada com a fortuna do pai, o milionário Robert Grant. Os haters de plantão também afirmam que a cantora chama mais atenção pela beleza: os cabelos compridos e lábios carnudos, lembrando o estilo de Hollywood dos anos 60, garantiram contratos com a empresa de moda Next Model Management, a multinacional sueca H&M e a marca de automóveis Jaguar.

Em 14 de janeiro deste ano, Lana Del Rey foi a convidada especial do tradicional programa humorístico americano Saturday Night Live. Sua performance foi desastrosa: além de desafinar demais durante as duas músicas que apresentou, ela mal conseguiu se movimentar no palco. A apresentação chegou a ser classificada como um dos piores momentos do Saturday Night Live.

Porém, há quem defenda a cantora: David Kahne, produtor de Del Rey e também de álbuns de Paul McCartney, Regina Spektor e Kelly Clarkson, elogiou as suas habilidades de voz e composição, dizendo também que Lana é "uma compositora inteligente". Mas ele mesmo deu o braço a torcer sobre a beleza ser mais forte que os talentos musicais da cantora, afirmando que "ela definitivamente possui um ângulo muito poderoso sobre a imagem".

Independente de críticas, Lana Del Rey continua firme com seus projetos. A cantora liberou nesta semana uma prévia do curta Tropico, que tem na trilha as faixas "Body Electric", "Gods & Monsters" e "Bel Air". Assinada pelo diretor Anthony Mandler, a produção encerra a divulgação do EP Paradise. O mini filme tem duração de 30 minutos e ainda não tem previsão de estreia oficial.

Lana Del Rey
Formação atual da banda: Lana Del Rey (vocais), Blake Lee (guitarra), Byron Thomas (piano), Ronald "CJ" Alexander (baixo), Leonard Tribbett Jr (bateria), Anna Croad, Ellie Stanford, Hayley Promfett, Nozomi Cohen e Sarah Chapman (cordas).

Discografia: Lana Del Ray A.K.A. Lizzy Grant (2010), Born to Die (2012), Paradise (2012).

Curiosidade:
Antes de se tornar cantora, Del Rey queria ser poetisa. Lana cita os escritores Walt Whitman e Allen Ginsberg como influências para suas composições. Lana inspira-se, também, nos livros de Vladimir Nabokov, principalmente sua obra prima "Lolita". A paixão por Nabokov e Whitman é tão grande que a cantora tem uma tatuagem dedicada aos dois.

Planeta Terra - Perfil de Beck

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Mais de dez anos se passaram desde que Beck Hansen veio ao Brasil para subir ao palco do Rock in Rio 2001. Desta vez, o músico chega ao país como uma das atrações do Planeta Terra 2013, que acontece no dia 9 de novembro, no Campo de Marte, em São Paulo.

Promovendo uma colagem sonora de estilos musicais, como folk, funk, soul, hip hop, rock alternativo, country e psicodelia com letras irônicas, arranjos modernos incorporando samples, baterias eletrônicas, instrumentação ao vivo e efeitos, Beck é aclamado por crítica e público como um dos mais criativos e idiossincráticos músicos da década de 1990 e 2000. Ao longo de uma carreira de mais de 20 anos, Beck lançou 11 álbuns de estúdio, além de vários singles, projetos paralelos e um livro de partituras.

Beck Hansen nasceu em 8 de julho de 1970, em Los Angeles. Com uma família de artistas - ele é filho da atriz Bibbe Hansen e do músico David Campell - o jovem Beck cresceu num ambiente que incentivava o seu interesse pelas artes e claro, por música, especialmente folk e blues. Aos 14 anos, Beck acompanhou o surgimento da cena hip hop de Los Angeles. Algum tempo depois, Beck passou a morar com seus avós no Kansas, onde seu avô era um pastor da igreja presbiteriana. Em seguida, ele passou um tempo na Europa com seu outro avô, o também artista Al Hansen. Nessa época, Beck tocava violão com influência de blues do Mississippi, com letras improvisadas.

Beck saiu da escola aos 16 anos e resolveu se mudar para Nova Iorque, já decidido a seguir na música. Naqueles tempos, surgia no East Village um movimento underground chamado anti-folk, que combinava a sonoridade folk com a estética e atitude do punk. Beck foi fortemente influenciado por esta cena, embora não tenha se firmado nela. Por volta de 1990, ele estava de volta a Los Angeles, onde passou a se apresentar em bares e festas. A esta altura, a música de Beck refletia todos os estilos a que ele havia sido exposto: do folk ao blues, de hinos presbiterianos ao hip hop de rua, além de punk com letras de improviso.

Um exemplo de sua ainda nascente carreira musical é o single controverso "MTV Makes Me Want to Smoke Crack" para a gravadora independente Bong Load Custom Records. A tiragem era limitadíssima e os objetivos, além de registrar o seu trabalho, eram puramente promocionais e não comerciais. Nessa época, Beck seguia um estilo de vida totalmente durango, vivendo em um galpão infestado de ratos e trabalhando em uma locadora de vídeo onde separava as fitas da seção de filmes pornográficos em ordem alfabética por um baixo salário.



Os dois primeiros álbuns, Golden Feelings (1993), e Stereopathetic Soulmanure (1994) foram lançados em fita cassete e com esquema de gravação caseira. Os dois trabalhos foram relançados mais tarde por uma gravadora maior, na esteira do sucesso do single "Loser", a música que iria mudar a carreira de Beck para sempre.

Produzida pelo próprio Beck e o produtor de hip-hop Karl Stephenson, em muito pouco tempo "Loser" se tornou popular nos circuitos alternativos de Los Angeles. Com isso, Beck e seu hit instantâneo passaram a ser disputados pelas grandes gravadoras. A DGC levou a melhor e no início de 1994 veio Mellow Gold, considerado seu verdadeiro álbum de estréia, contendo "Loser" como principal single. A música foi considerada pela crítica músical como um hino da chamada 'geração x'.

Ainda em 94, Beck também lançou pelo selo independente K Records o disco One Foot In The Grave, com a participação de Calvin Johnson (vocalista da banda indie Beat Happening). O álbum foi gravado antes de Mellow Gold e traz uma sonoridade folk rústica e produção lo-fi, bem diferente dos álbuns que Beck lançaria pela sua principal gravadora.

O segundo disco pela DGC saiu somente em 1996. Odelay teve a produção dos Dust Brothers e conseguiu um resultado ainda mais harmonioso e explosivo da mistura bizarra do som de Mellow Gold. Odelay apresenta colagens de diferentes referências, unindo bossa nova (existe um sample de "Desafinado" de João Gilberto na faixa "Readymade") com rock, country, folk e rap. O disco produziu singles de sucesso, como "Where It's At", "Devils Haircut" e "The New Pollution", vendendo mais de 2 milhões de cópias nos Estados Unidos e alcançando o 16º lugar na parada Billboard 200.

Em 1998, veio Mutations, que não alcançou tanta popularidade quanto o anterior, mas que rendeu o Grammy de melhor álbum de música alternativa para o cantor. Mutations era um disco bem menos híbrido que os trabalhos anteriores, sendo mais concentrado na influência folk. Foi a primeira vez que Beck entrou em estúdio com uma banda de apoio, ao contrário do que acontecia antes, quando o cantor contava com participações especiais e músicos contratados.

Em 1999, chegou Midnite Vultures, um álbum de influência de soul music e letras bem humoradas. Neste registro, Beck explora mais o alcance de sua voz, recheando as canções com agudos e falsetes. Midnite Vultures também não repetiu o mesmo sucesso dos álbuns anteriores, mas rendeu uma enorme turnê mundial, que passou pelo Brasil em 2001 durante o Rock In Rio 3.

Em 2002, Beck voltou ao topo das paradas com Sea Change. O disco foi recebido com entusiasmo pela crítica, e mostra mais uma mudança de direção: melodias introspectivas, com influência do folk britânico e melancólico de Nick Drake. As faixas misturam a simplicidade de temas acústicos com belos arranjos de cordas e discretos efeitos eletrônicos. O disco rendeu os singles "Lost Cause" e "Guess I'm Doing Fine". Para a turnê de divulgação de Sea Change, Beck contou com um reforço notável: os malucos do Flaming Lips. Além de banda de abertura, o Flaming Lips tornou-se também a banda de apoio do artista.

Com Guero, lançado em 2005, o músico voltou a se aproximar do estilo musical de Odelay, mais uma vez com a produção dos Dust Brothers e com canções baseadas em samples. Jack White, (na época do badalado White Stripes) participou de uma faixa, mas o tom do disco é mesmo o caldeirão sonoro de Odelay. Trazendo faixas como "E-Pro", "Girl" e "Hell Yes", o álbum também caiu nas graças da crítica e do público.

The Information (2006) foi inspirado pelo hip hop, trazendo singles como "Think I'm in Love", "Cellphone's Dead" e "Nausea", além da 7ª posição na Billboard 200 e o título de 24º melhor álbum do ano pela revista Rolling Stone americana. Em 2008, Beck apareceu com mais uma mudança no som, focando Modern Guilt nas influências dos anos 60. O disco trazia canções como "Gamma Ray", "Chemtrails" e "Youthless" e foi classificado como o 8º melhor do ano pela Rolling Stone.

Depois de uma pausa nas atividades e turnês, Beck dedicou-se a projetos mais intimistas, como o Record Club, no qual ele e outros músicos tinham o propósito de regravar álbuns considerados clássicos em apenas um dia. Até o presente momento, o Record Club realizou versões de álbuns de Velvet Underground, Leonard Cohen, Skip Spence, INXS e Yanni.

No verão de 2013, Beck disse estar trabalhando em dois novos álbuns de estúdio: um disco acústico na veia de One Foot in the Grave e outro descrito como uma sequência para Modern Guilt. Em outubro de 2013, foi anunciado que Beck assinou um novo contrato com a Capitol Records e planeja lançar um novo álbum, chamado Morning Phase, em fevereiro de 2014.

Beck
Discografia: Golden Feelings (1993), Stereopathetic Soulmanure (1994), Mellow Gold (1994), One Foot in the Grave (1994), Odelay (1996), Mutations (1998), Midnite Vultures (1999), Sea Change (2002), Guero (2005), The Information (2006), Modern Guilt (2008).

Curiosidade:
Beck é fã assumido da música brasileira, tanto que o título do álbum Mutations seria uma referência aos Mutantes e a música "Tropicalia" uma homenagem ao movimento de mesmo nome. Em 2011, ele colaborou com Seu Jorge em uma faixa intitulada "Tropicália (Mario C 2011 Remix)" para um álbum da iniciativa beneficente Red Hot Organization.

Planeta Terra - Perfil do The Roots

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Criado nos Estados Unidos em 1987, o grupo The Roots é uma das atrações do Planeta Terra Festival 2013, que acontecerá no dia 9 de novembro, no Campo de Marte, em São Paulo. Conhecida como a banda principal do programa norte-americano "Late Night with Jimmy Fallon", The Roots já lançou 10 álbuns de estúdio, dois EPs e dois álbuns colaborativos e tem colaborado com uma vasta gama de artistas de diferentes gêneros. Ganhador de três Grammy Awards, o grupo é frequentemente elogiado pela crítica por sua abordagem "hip hop band", unindo toques de neo-soul e jazz ao gênero, tocado ao vivo com instrumentos.

O grupo iniciou suas atividades quando o rapper Black Thought (Tariq Trotter) e o baterista Questlove ( Khalib Ahmir Thompson) se tornaram amigos na Philadelphia High School for Creative Performing Arts. Fazendo pequenas apresentações nas calçadas ao redor da escola e em shows de talentos locais, a dupla logo recrutou o baixista Hub (Leon Hubbard) e o rapper Malik B., transformando-se em uma grande atração nos clubes underground da Filadélfia e Nova Iorque, no início dos anos 90.

Depois de várias apresentações em pequenas casas de show nos Estados Unidos, o grupo foi convidado a representar o hip- hop americano em um show na Alemanha. Impulsionado pela oportunidade, a banda gravou um álbum independente para vender em shows. Lançado em 1993, Organix! é um trabalho mais centrado na construção de grooves do que em hits, mas despertou a atenção de algumas gravadoras. No mesmo ano, o The Roots assinou contrato com a DGC.

Em janeiro de 1995 saiu o primeiro álbum do grupo por uma major label: Do You Want More?!!!??!. Abandonando o protocolo habitual do hip- hop , o álbum trazia o conceito de "hip hop band" seguido à risca, sendo produzido sem qualquer tipo de samples ou remixes.



Em seguida, em 1996, veio Illadelph Halflife, impulsionado pelo single "Clones". O terceiro álbum, Things Fall Apart de 1999, é até o momento o maior sucesso comercial e de crítica do The Roots, sendo indicado para o Grammy de Melhor Álbum de Rap. A canção "You Got Me" (que conta com participação da cantora Erykah Badu) ganhou o prêmio de Melhor Performance de Rap por um Duo ou Grupo.

Depois do lançamento de Phrenology, no final de novembro de 2002, a banda realizou uma série de jam sessions para dar a seu próximo álbum uma atmosfera mais descompromissada. O resultado destas jams foram editados em dez faixas e lançado como The Tipping Point, em julho de 2004. No mesmo ano, o grupo participou de um concerto no Manhattan Webster Hall , com convidados especiais como Mobb Deep, Young Gunz e Jean Grae. O registro da apresentação foi lançado em CD e DVD no início de 2005, como The Roots Presents. No final do ano, mais um lançamento extra: uma coletânea de raridades chamada Home Grown! The Beginner's Guide to Understanding the Roots.

Após os discos Game Theory (2006) e Rising Down (2008), o grupo expandiu ainda mais seu público ao tornar-se a banda oficial do programa de Jimmy Fallon, em 2009. Com o pico de popularidade, em 2010 vieram os discos How I Got Over e Wake Up! - este último uma parceria com John Legend, trazendo covers de clássicos do soul, como "Wake Up Everybody" e "Little Ghetto Boy". O trabalho com Legend provou ser outro sucesso de crítica, conferindo mais dois prêmio Grammy à banda: Melhor Performance de Vocal Tradicional em R&B por "Hang On In There" e Melhor Álbum de R&B, ambos em 2011.

No ano seguinte, o grupo lançou mais um álbum em parceria: Betty Wright : The Movie, desta vez com a lenda do soul Betty Wright. Em seguida, o incansável grupo soltou seu décimo-terceiro álbum de estúdio, Undun. O mais recente trabalho do grupo, de 2013, é outra parceria, desta vez com Elvis Costello, no álbum Wise Up Ghost. Para o fim do ano ou começo de 2014, o grupo planeja lançar mais um disco, previamente intitulado & Then You Shoot Your Cousin.

The Roots
Formação atual da banda: Black Thought (vocais), Questlove (bateria), Kamal Gray (teclados), F. Knuckles (percussão), Captain Kirk Douglas (guitarra), "Tuba Gooding Jr." Damon Bryson (sousaphone), James Poyser (teclados no Late Night With Jimmy Fallon e performances ocasionais), Mark Kelley (baixo).

Discografia oficial de estúdio: Organix! (1993), Do You Want More?!!!??! (1995), Illadelph Halflife (1996), Things Fall Apart (1999), Phrenology (2002), The Tipping Point (2004), Game Theory (2006), Rising Down (2008), How I Got Over (2010), Undun (2011).

Curiosidade:
Atuando como banda oficial do programa de Jimmy Fallon, o The Roots já serviu como banda de apoio de várias personalidades da música. Porém, a parceria mais inusitada e marcante da atração pode ser a participação do atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2012.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Dez motivos para assistir a um show do Red Hot Chili Peppers no Brasil

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.

Uma das bandas mais carismáticas do rock americano, o Red Hot Chili Peppers volta ao Brasil em novembro depois de dois anos sem vir ao país. Formada atualmente pelo baixista Flea, o vocalista Anthony Kiedis, o baterista Chad Smith e o guitarrista Josh Klinghoffer, a banda traz na bagagem o show do disco mais recente, I'm With You , lançado em 2011.
Os Red Hot Chili Peppers já venderam mais de 80 milhões de álbuns em todo o mundo e ganharam ao todo 7 prêmios Grammy. O álbum mais vendido da banda é o Californication , lançado em 1999, com mais de 15 milhões de cópias vendidas. Todo esse sucesso culminou na inclusão do grupo no Hall da Fama do Rock, em 2012.

A primeira visita dos Chili Peppers ao Brasil foi em 1993, no extinto festival Hollywood Rock, que acontecia em São Paulo e no Rio de Janeiro. Era a época de Blood Sugar Sex Magic e o guitarrista John Frusciante tinha saído há pouco tempo - quem o substituiu foi Arik Marshall. Nesse show, Flea tocou sozinho uma cover de "The Needle and the Damage Done" de Neil Young e no dia seguinte fez uma participação especial no show do Nirvana , tocando um solo de trompete em "Smells Like Teen Spirit".
Em 1999, eles voltaram para um único espetáculo e, em 2001, participaram do Rock in Rio 3. Na quarta edição do evento, em 2011, também se apresentaram no Rock in Rio 4. O grupo também se apresentou na Arena Anhembi, na capital paulista.

Com tantas passagens pelo País, será que ainda vale a pena ver o Red Hot Chili Peppers? Listamos abaixo 10 motivos para não perder a passagem da banda pelo Brasil.


10. A banda de abertura
Desta vez, o Red Hot Chili Peppers vem acompanhado da banda nova-iorquina Yeah Yeah Yeahs , que também fará algumas apresentações no festival Circuito Banco do Brasil e será a banda de abertura no show de São Paulo. Liderado pela cantora Karen O., contando também com o guitarrista Nick Zinner e o baterista Brian Chase, o Yeah Yeah Yeahs estourou em 2003 com o primeiro disco Fever to Tell e seu som classificado como art punk. Em promoção do quarto álbum, Mosquito o Yeah Yeah Yeahs volta ao Brasil, onde se apresentou pela primeira vez em 2006, no hoje extinto TIM Festival.


9. Tem um brasileiro na banda
Apelidado de "pimenta brasileira" pelos fãs, Mauro Refosco é um percussionista brasileiro radicado nos Estados Unidos que participou das gravações do disco I'm With You e virou músico de apoio da turnê. Assim como Flea, Refosco é membro do supergrupo Atoms for Peace , que também conta com Thom Yorke, do Radiohead. Além disso, Refosco toca no projeto Forro in the Dark .


8. As jams
Os improvisos se tornaram parte importante dos shows dos Chili Peppers desde a época que o grupo contava com John Frusciante nas seis cordas. Mesmo após sua saída, o guitarrista Josh Klinghoffer segurou bem os momentos mais criativos da banda no palco. Com a participação de Mauro Refosco, as jams acabam ganhando um tempero brasileiro, com a inclusão de instrumentos como berimbau e zabumba.


7. Apesar de tiozões, ainda são feras
Pode nem parecer, mas o Red Hot Chili Peppers completou este ano 30 anos de existência. Em 13 de fevereiro de 1983, a banda realizou seu primeiro show, no Rhythm Lounge, em Hollywood. Na época, a trupe era formada por Anthony Kieds, Flea, Jack Irons e Hillel Slovak e chamada de Tony Flow And The Miraculously Majestic Masters Of Mayhem. Para garantir a energia na hora do show, os músicos meditam em uma sala especial, decorada com duas árvores naturais. Apesar da preparação zen, a banda ainda faz um show bastante cadenciado, alternando baladas como "Scar Tissue" com explosões suingadas como "Monarchy of Roses" e "By The Way".


6. Chad Smith
O baterista do Red Hot Chili Peppers completou 51 anos em outubro, mas a idade não atrapalha seu potente groove. Recentemente, Smith foi reconhecido como um dos mais influentes bateristas de todos os tempos pela MusicRadar. Aproveitando a deixa, no dia 2 de novembro, os mineiros vão poder bater um papo, aprender algumas técnicas e saber um pouco mais da carreira do artista, que dará uma "drum clinic" exclusiva para seus fãs em um shopping em Belo Horizonte. Será a primeira vez que o baterista participa de um evento como esse na América Latina.


5. Josh Klinghoffer
Josh Klinghoffer teve seu início no Red Hot Chili Peppers de maneira tímida, servindo como músico de apoio durante as turnês de 2007, tocando guitarra, teclado e fazendo alguns backing vocais. Porém, com a saída de Frusciante em 2009, Josh assumiu seu posto e se mostrou como um guitarrista melódico que também sabe encaixar boas doses de barulho em seus solos. Com participações em bandas como Ataxia, Warpaint, Gnarls Barkley, PJ Harvey e Beck no currículo, Klinghoffer se revelou uma escolha certeira para os Chili Peppers. Com a inclusão da banda no Hall da Fama do Rock, em 2012, Klinghoffer tornou-se o artista mais jovem a receber o prêmio, aos 32 anos - passando a frente de ninguém menos que Stevie Wonder, que tinha 38 anos ao ser nomeado.


4. Anthony Kiedis
Parece que o tempo (quase) não passa para o vocalista do Red Hot Chili Peppers. Com um passado de excessos com drogas como cocaína e heroína quase tão extenso quanto de namoradas (ele já namorou personalidades como Sofia Coppola, Jessica Stam, Sinéad O'Connor, Heidi Klum, Nina Hagen, Yohanna Logan, Jaime Rishar, Jennifer Bruce, Carmen Hawk e Haya Handel), Kiedis completa 51 anos no próximo dia 1 de novembro, ainda desempenhando bem o papel de frontman do grupo. O público feminino com certeza concorda.


3. Flea
A performance de Flea no palco já é um espetáculo à parte; além das peripécias e demonstrações de carisma nos shows, sua técnica apurada nas quatro cordas fizeram com que os leitores da revista americana Rolling Stone o apontassem como o segundo melhor baixista de todos os tempos, passando a frente de monstros como Cliff Burton (Metallica), Jack Bruce, Jaco Pastorius, John Paul Jones (Led Zeppelin), Les Claypool (Primus) e Paul McCartney - perdendo apenas para John Entwistle (The Who). Responsável por boa parte do groove que conduz o Red Hot Chili Peppers através dos seus quase 30 anos de carreira, curiosamente o primeiro instrumento que Flea tocou não foi o baixo: suas primeiras investidas como músico foram com um trompete, pois ele achava que rock era para "otários". Porém, na época da escola, o amigo (e primeiro guitarrista dos Chili Peppers) Hillel Slovak o ensinou a tocar baixo.


2. Sim, o show (sempre) vale a pena
Na edição de agosto de 2013 da revista americana Rolling Stone, a reportagem de capa trouxe o resultado da votação sobre os 50 principais shows ao vivo da música de todos os tempos. O Red Hot Chili Peppers apareceu na posição de número 21, eleito por críticos, escritores, músicos, donos de clubes e vários outros profissionais do mundo da música.


1. Os clássicos "Give It Away" e "Under The Bridge"
Se até aqui você ainda não se convenceu de quanto vale o show, chegou a hora de apelar: considere os clássicos. Se existe uma frase de guitarra, uma batida de bateria e linhas de baixo que traduzem exatamente como uma banda é, estes elementos estão em "Give It Away" , o primeiro grande hit do Red Hot Chili Peppers. Ao vivo, o ritmo frenético da canção sempre conta com momentos de catarse de Flea, pulando de um lado para o outro enquanto espanca seu instrumento. Em contraponto à agitação, "Under The Bridge" traz à tona o momento mais introspectivo de Anthony Kiedis no palco, com uma letra sobre seu vício em heroína e autoisolamento.



RED HOT CHILI PEPPERS EM SÃO PAULO
Onde? Arena Anhembi - Avenida Olavo Fontoura, 1209, Zona Norte - Santana
Data: 07/11, 22h.
Quanto custa para entrar? Entre R$ 120 e R$ 500.
Para mais informações, acesse o site aqui.
RED HOT CHILI PEPPERS NO RIO DE JANEIRO - CIRCUITO BANCO DO BRASIL
Onde? Parque dos Atletas - Rua Salvador Allende, s/n - Barra da Tijuca
Data: 09/11, 14h30.
Quanto custa para entrar? Entre R$ 120 e R$ 140.
Para mais informações, acesse o site do evento aqui.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

MONSTERS OF ROCK - Perfil Slipknot

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Em 2011, no palco do Rock in Rio, o Slipknot arrebatou o público presente com um show brutal, teatral e cheio de pirotecnias. Na época, a banda ainda estava em luto pelo baixista Paul Gray, morto em maio de 2010, vítima de overdose de morfina. Dois anos depois, o grupo volta ao Brasil neste sábado, dia 19, como headliner do primeiro dia do festival Monsters of Rock.

Formado em 1995, o grupo foi fundado pelo percussionista Shawn Crahan e o baixista Paul Gray. Depois de várias mudanças de formação em seus primeiros anos, a banda fechou um grupo com nove membros: Sid Wilson, Paul Gray, Joey Jordison, Chris Fehn, Jim Root, Craig Jones, Shawn Crahan, Mick Thomson e Corey Taylor.

Com um som agressivo, combinando thrash e speed metal com hardcore punk e metal, o Slipknot também chama a atenção pela apresentação visual; cada membro da banda usa máscaras exclusivas e macacões correspondentes. O conceito por trás dessa vestimenta tem sido descrito como "uma resposta ao mercantilismo no negócio da música". Ao longo da carreira, o Slipknot procurou desenvolver sua imagem, alterando seus uniformes e máscaras de cada membro de acordo com o lançamento dos álbuns.

"As máscaras funcionam como uma maneira de encontrar aquela voz interior, aquela raiva e agressividade que sempre tentamos colocar nas nossas músicas", declarou o vocalista Corey Taylor à revista Rolling Stone Brasil. Segundo ele, "com as máscaras, nós nos mostramos mais para o público do que sem elas".

A banda lançou seu primeiro trabalho em 1996, chamado Mate.Feed.Kill.Repeat - tão raro nos dias de hoje por conta de sua reduzida prensagem que a banda passou a considerá-lo como uma demo simples. O primeiro álbum real do grupo, lançado pela gravadora Roadrunner foi o Slipknot, lançado em 1999 e produzido por Ross Robinson. Após o lançamento, a banda fez shows incessantemente, e este número culminou na apresentação do grupo no Summer Ozzfest, onde tocaram para um número bem maior de pessoas e conseguiram um grande número de fãs. Com os singles "Wait And Bleed" e "Spit It Out", o grupo ganhou ainda mais espaço na mídia.

Em 2001, foi lançado Iowa. O disco foi bem recebido pela crítica e continuou o sucesso de seu antecessor, mas após uma extensa turnê, a banda resolveu dar um tempo em suas atividades. Durante o hiato do Slipknot, seus integrantes dedicaram-se a projetos paralelos. Jordison formou o Murderdolls, Corey e Jim reformularam sua antiga banda, Stone Sour, e lançaram um álbum que foi aclamado pela crítica.

No começo de 2004, a pausa do Slipknot chegou ao fim e o grupo fez uma turnê preparatória para o Ozzfest. Em maio do mesmo ano, foi lançado o terceiro álbum: Vol. 3: The Subliminal Verses. Após uma nova turnê, a banda decidiu mais uma vez entrar em férias por tempo indeterminado. Alguns aproveitaram o recesso para retomar antigos projetos, como o Stone Sour. Shawn, também fez alguns shows com seu projeto alternativo, o Dirty Little Rabbits. Terminadas as férias, a banda se reuniu para a gravação do quarto e mais recente álbum de estúdio, All Hope is Gone, de 2008. O novo trabalho rendeu os singles "Psychosocial" (que concorreu ao Grammy de Melhor Performance de Metal), "Dead Memories" e "Sulfur".



Slipknot
Formação da banda: Corey Taylor (voz), Jim Root (guitarra), Mick Thomson (guitarra), Donnie Steele (baixo), Joey Jordison (bateria), Sid Wilson (DJ), Chris Fehn (percussão e vocais), Craig 133 Jones (samples), Shawn Clown Crahan (percussão, vocais).
Discografia: Slipknot (1999), Iowa (2001), Vol. 3: (The Subliminal Verses) (2004), All Hope Is Gone (2008).

Curiosidade: Além de estar à frente do Slipknot e do Stone Sour, Corey Taylor também é escritor. Ele alcançou a lista de mais vendidos do jornal The New York Times pela primeira vez em 2011, com Seven Deadly Sins, e espera alcançar o mesmo com seu novo título, A Funny Thing Happened on the Way to Heaven (Or, How I Made Peace with the Paranormal and Stigmatized Zealots and Cynics in the Process). Lançado no dia 16 de julho pela editora Da Capo Press, o livro não é uma sequência temática ao autobiográfico Sins. Nele, Taylor lembra suas experiências sobrenaturais durante a vida.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Korn traz novo disco para o Monsters of Rock

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Considerados pioneiros do gênero nu metal, a banda americana Korn volta aos palcos brasileiros neste sábado, dia 19, no festival Monsters of Rock. O grupo traz na bagagem duas novidades: o disco The Paradigm Shift, lançado no dia 8 deste mês, e o retorno do guitarrista Brian "Head" Welch - que deixou a banda em 2005, depois de se converter ao cristianismo.

Formado em Bakersfield, na Califórnia, o Korn surgiu em 1993, quando o guitarrista James Munky Shaffer e Head convidaram Jonathan Davis para ser o vocalista da Creep, banda que mantinham com o baterista David Silveria e o baixista Fieldy. Segundo o grupo, Davis não estava certo sobre a decisão de entrar para o grupo e consultou uma cartomante. Após ouvir que ele "estaria sendo estúpido se não aceitasse", Jonathan disse sim ao convite.

O primeiro disco, auto-intitulado, veio em 1994. Fazendo uma mistura de heavy metal e rapcore que era inédita nas grandes rádios até então, a banda destacava-se pelo uso de guitarras de sete cordas (ao invés das tradicionais, com seis), dando uma tonalidade mais grave às canções com baixas afinações e a abordagem percussiva do baixo. O grupo também é o grande culpado pela ascensão de outra banda presente no line-up do Monsters of Rock: o Limp Bizkit. Apadrinhando a banda de Fred Durst, o Korn foi o responsável por disseminar o chamado nu metal mundialmente, fazendo com que o estilo um se tornasse uma das ramificações do rock mais difundidas no final dos anos 90 e início do século XXI.

Life is Peachy, o segundo álbum, foi lançado em 1996. O disco foi um sucesso e chegou ao terceiro lugar nas listas de vendas nos Estados Unidos, atingindo ainda assim a dupla platina, impulsionado pelos singles "A.D.I.D.A.S.", "Good God" e "No Place to Hide". Mas foi somente em 1998, com Follow the Leader, que o Korn atingiu seu auge de popularidade. "Got the Life" tornou-se um dos grandes hits de 1998 e 1999 nas rádios norte-americanas e "Freak on a Leash" ganhou diversos prêmios por conta de seu videoclipe (pioneiro na apresentação do efeito bullet time, popularizado posteriormente no filme Matrix) e a animação assinada por Todd McFarlane, criador do personagem de quadrinhos Spawn.

O sucesso de Follow the Leader foi precedido por Issues, em 1999, que trouxe mais um grande hit: "Falling Away From Me". Porém, os singles subsequentes não conseguiram a mesma exposição que os anteriores. O mesmo aconteceu com os discos Untouchables (2002) e Take a Look in the Mirror (2003). A queda na popularidade do Korn deve-se em parte à perda de interesse do mainstream no formato nu metal, já desgastado e até ridicularizado pela mídia musical.

Além da saída de Head, o Korn também amargou a debandada do baterista David Silveria, logo após o lançamento do disco See You on the Other Side. Apesar do novo álbum registrar vendas melhores que seu antecessor e resenhas favoráveis por parte dos críticos, somente o single "Twisted Transistor" chamou atenção na MTV. Após a confirmação de Ray Luzier como o novo baterista fixo do grupo, o grupo lançou mais três discos - Untitled, Korn III: Remember Who You Are e The Path of Totality.


Korn no Brasil

Esta é a quarta passagem da banda pelo Brasil; a primeira foi em março de 2002, divulgando o álbum Issues em uma turnê pela América Latina, passando por dois shows em São Paulo. Seis anos depois, o grupo voltou fazendo parte da turnê de Ozzy Osbourne, que também teve a participação do Black Label Society como bandas de abertura. Nesta turnê, as três bandas tocaram no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em abril de 2010, o Korn fez um único show no Brasil, em São Paulo.

The Paradigm Shift é o primeiro trabalho do grupo desde The Path of Totality, de 2011. É também o primeiro disco com Head desde Take a Look in the Mirror, de 2003. No palco do Monsters of Rock, o Korn deve apresentar favoritas dos fãs, como "Blind", "Twist", "Falling Away From Me", "Got The Life" e "Freak On a Leash", além de canções novas, como "Love & Meth", "Never Never" e "Prey For Me".



Korn
Formação da banda: Jonathan Davis (vocais), James "Munky" Shaffer (guitarra, backing vocais), Brian "Head" Welch (guitarra, backing vocais), Reginald "Fieldy" Arvizu (baixo), Ray Luzier (bateria).
Discografia: Korn (1994), Life Is Peachy (1996), Follow the Leader (1998), Issues (1999), Untouchables (2002), Take a Look in the Mirror (2003), See You on the Other Side (2005), Untitled album (2007), Korn III: Remember Who You Are (2010), The Path of Totality (2011), The Paradigm Shift (2013).

Curiosidade:
Aos 16 anos, Jonathan Davis se tornou assistente de médico-legista do Departamento de investigadores de morte suspeita do Município de Kern. Ele se formou na Escola de São Francisco de Ciência Mortuária. Davis contou ter visto vítimas de acidentes de carro, suicídios, e vitimas de abuso sexual e pessoas conhecidas, com quem ele chegou a manter contato um dia antes da morte. Todas essas experiências o deixaram traumatizado, fazendo com que o vocalista tivesse pesadelos frequentes e isso influenciasse suas letras. Um exemplo é a música "Pretty", do álbum Follow the Leader, que fala sobre uma jovem vítima de incesto.

Limp Bizkit volta ao Brasil no palco do Monsters of Rock

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Conhecido como "a banda que os críticos amam odiar", o Limp Bizkit volta ao Brasil neste sábado, dia 19, como uma das atrações do festival Monsters of Rock. O grupo capitaneado pelo vocalista Fred Durst divide o palco na Arena Anhembi com o Slipknot, Killswitch Engage, Hatebreed, Gojira e os "padrinhos" do Korn.

Recentemente, a banda gravou um novo álbum, intitulado Stampede of the Disco Elephants. O disco, produzido por Ross Robinson (que já trabalhou com a banda em Three Dollar Bill, Yall$ e The Unquestionable Truth), tem data prevista de lançamento para janeiro de 2014. Para esta apresentação no Monsters of Rock, entre algumas canções do novo trabalho, os fãs podem esperar hits de seus álbuns mais famosos: Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water (como "My Generation", "My Way" e "Rollin'") e Significant Other (como "Nookie" e "Re-Arranged").


História

O Limp Bizkit foi formado em 1994 em Jacksonville, na Flórida, quando Fred Durst conheceu o baixista Sam Rivers e seu primo baterista John Otto. O trio logo recrutou o guitarrista Rob Waters e o Limp Bizkit surgiu. A banda fez uma demo com quatro músicas, intitulada Mental Aquaducts. No ano seguinte, durante uma passagem do Korn em Jacksonville, Durst conheceu a banda e tatuou o baixista Reginald "Fieldy" Arvizu. Tomando proveito da aproximação, Durst contou que era vocalista de uma banda e entregou uma fita demo. A primeira reação do Korn foi de que a fita não tinha nada de especial.

Algum tempo depois, Otto sugeriu que o grupo recrutasse Wes Borland como guitarrista da banda. Durst, que já tinha visto Borland em ação em clubes da cidade, instruiu os outros membros para falar com Wes e ver se ele queria se juntar ao grupo. Wes aceitou e um show foi agendado. Segundo a lenda, Fred e Wes se encontraram pela primeira vez, ensaiaram por cerca de meia hora e em seguida fizeram o primeiro show da banda.

Com Borland no grupo, uma segunda fita demo foi gravada e repassada ao Korn. Desta vez, a banda ficou impressionada e resolveu apadrinhar o Limp Bizkit, investindo no grupo como banda de abertura de duas turnês. Em 1997, saiu o primeiro álbum da banda, Three Dollar Bill, Yall$. O disco não obteve grande reconhecimento no início, mas graças ao Korn, o Limp Bizkit começou a participar de grandes turnês como a Family Values Tour, o Trail of Tears e Ozzfest, e a popularidade da banda foi aumentando. No Ozzfest, em especial, a banda fez uma apresentação memorável, com uma representação de um banheiro gigante no palco. Na hora do show, Durst surgiu no palco dizendo frases como "Nós viemos diretamente do esgoto para vocês" e "Eu sou um pedaço de m***a, e a minha banda é um pedaço de m***a ".



Embora o primeiro single do álbum tenha sido "Counterfeit", o Limp Bizkit ganhou fama através do cover de "Faith", hit de George Michael. A versão da banda também apareceu na trilha sonora do filme Uma Loucura de Casamento, estrelado por Cameron Diaz e Christian Slater. Também no mesmo ano, Fred gravou uma participação na canção "All in the Family", do Korn, e em "Bleed", do Soulfly (projeto do ex-Sepultura Max Cavalera), juntamente com DJ Lethal. Com essas camaradagens, estava fácil para o Limp Bizkit começar a aparecer. Mas a gravadora Interscope não achou que fosse o bastante: em março de 1998, a gravadora do grupo pagou US$ 50 mil para que uma rádio do Oregon tocasse as músicas do Limp Bizkit. O 'jabá', denunciado pela própria rádio, despertou muitas críticas à banda - mas também ajudou a despertar mais atenção para Durst e seus comparsas.

Aproveitando a atenção despertada, em 1999 a banda lançou seu segundo álbum, Significant Other e o single "Nookie". A faixa foi um grande sucesso e foi precedida por "Re-Arranged" e "N 2 Gether Now" (a última com parceria do rapper Method Man). Apostando na mesma receita que ajudou a aumentar sua popularidade, Significant Other trazia participações especiais de Jonathan Davis do Korn e Scott Weiland (Stone Temple Pilots e Velvet Revolver), ambos na música "Nobody Like You".

Em 2000, a banda lançou Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water. Os primeiros dois compactos, "My Generation" e "Rollin (Air Raid Vehicle)" foram lançados simultaneamente. Durst alegou que essa tática iria chamar atenção para o álbum, o que realmente aconteceu: ambas as canções foram um sucesso. O álbum vendeu mais de um milhão de cópias somente na primeira semana, um recorde para álbuns de rock. No total, foram vendidas quase 12 milhões de cópias.

Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water também despertou muita polêmica. Entre os críticos de rock, foi considerado um dos piores discos do século, pelo fato de ter muitos palavrões e ofensas direcionadas a pessoas específicas - como sua ex-namorada. Ao mesmo tempo, Wes Borland expressou insatisfação com o Limp Bizkit. Cansado de boatos e disputas com outras bandas e com a mídia, principalmente com Trent Reznor, do Nine Inch Nails - por quem Borland tinha muita admiração -, o guitarrista deixou a banda em outubro de 2001, alegando que o Limp Bizkit era uma banda vendida e que Durst era egomaníaco. Em seu lugar, foi recrutado o guitarrista Mike Smith.

Em outubro de 2003, veio Results May Vary. Na capa do álbum, o grupo passou a estilizar seu nome como limpbizkit, para diferenciar a nova fase. O disco não emplacou sucessos como os anteriores e a resposta da crítica foi negativa. Results May Vary trazia uma versão para "Behind Blue Eyes", clássico do The Who. A faixa foi bem sucedida nas rádios, mas foi citada em diversos fóruns e sites na internet como "a pior versão de todos os tempos".

Durante julho de 2004 houve vários rumores sobre a saída de Mike Smith e o retorno de Wes Borland. Em 13 de agosto foi feito o anúncio da volta do guitarrista à banda. Nenhum anúncio oficial foi feito, mas a página oficial do grupo esteve fora do ar por algum tempo, e foi substituída por uma página com fotos da banda, que incluíam Wes. Com a volta de Wes Borland à banda, o Limp Bizkit reverteu o estilo de seu nome para o original.

Em maio de 2005 veio o EP Unquestionable Truth (Part 1), surpreendendo os fãs; segundo uma nova estratégia de Durst, o grupo não investiu dinheiro para promover o lançamento, resultando em pequenas vendas de cerca de 37 mil cópias na primeira semana. Logo após o este registro, Wes Borland abandonou temporariamente o Limp Bizkit mais uma vez e a banda entrou em hiato.

Em 2009, a banda voltou aos palcos para turnês pela Europa e Ásia, ignorando os Estados Unidos. Durst anunciou que a banda então trabalharia em um novo disco, chamado Gold Cobra. Borland afirmou que o título não tem qualquer significado e foi escolhido porque ele se encaixava com o estilo de música que o grupo estava fazendo. Foi com a turnê desse disco que em julho de 2011, o Limp Bizkit veio ao Brasil pela primeira vez, fazendo shows no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Em abril de 2013, foi anunciado que DJ Lethal se retirou da banda por ter sido ameaçado por Fred Durst de demissão junto com o baterista Otto. A saída aconteceu com muita animosidade por parte do ex DJ do grupo. Lethal foi substituído por um DJ até então desconhecido, chamado DJ Skeletor.

Limp Bizkit
Formação da banda: Fred Durst (vocais), Wes Borland (guitarra, backing vocais), Sam Rivers (baixo, backing vocais), John Otto (bateria), DJ Skeletor (turntables, teclados, samples, programação, backing vocais).
Discografia: Three Dollar Bill, Yall$ (1997), Significant Other (1999), Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water (2000), Results May Vary (2003), The Unquestionable Truth (Part 1) (2005), Gold Cobra (2011).

Curiosidade:
O nome Limp Bizkit surgiu durante uma conversa entre o vocalista Fred Durst e um amigo que diz que seu cérebro parece um "limp biscuit" (uma bolacha amolecida). Ele gostou da idéia e adotou o nome para a banda.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Aerosmith fecha Monsters of Rock com baixa na formação

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Atração principal do festival Monsters of Rock, o Aerosmith fechará o evento no domingo, dia 20, com uma baixa na formação: o baixista Tom Hamilton passou mal e está fora da turnê sul-americana da banda. Integrante fundador do grupo, Hamilton voltou para os Estados Unidos e será substituído por David Hull, músico que acompanha o guitarrista Joe Perry em seu projeto solo.

Não é a primeira vez que Hamilton se ausenta do Aerosmith por problemas de saúde: em abril deste ano, o músico foi internado com uma infecção pulmonar e em 2006, o baixista se afastou da banda para se tratar de um câncer na garganta. Nas duas ocasiões, David Hull assumiu seu lugar no grupo.

A ausência de um de seus membros fundadores não deve ser um grande empecilho para o show de domingo. O Aerosmith está acostumado a provações; ao longo de mais de 40 anos de carreira, o grupo passou por vários percalços, sendo o mais notório de todos os problemas com drogas. O cantor Steven Tyler e Joe Perry abusavam tanto de substância ilícitas nos anos 70 que eles se autodenominavam os Toxic Twins, ou "gêmeos tóxicos" - em referência a Mick Jagger e Keith Richards dos Rolling Stones que eram conhecidos como os "Glimmer Twins" ou "gêmeos do brilho". Com um grande histórico de passagens por clínicas de reabilitação, desentendimentos internos, algumas saídas (e retornos) de integrantes e acidentes no palco, não seria exagero dizer que após uma guerra nuclear, os únicos sobreviventes no planeta seriam Keith Richards, as baratas e o Aerosmith.



O grupo surgiu em Boston, Massachusetts, da junção de duas bandas: Chain Reaction, do vocalista Steven Tyler, e Jam Band, do guitarrista Joe Perry e do baixista Tom Hamilton. Em 1970, Perry, Hamilton e Tyler juntaram-se ao baterista Joey Kramer e ao guitarrista Ray Tabano e formaram o Aerosmith. Em 1971, Tabano foi substituído por Brad Whitford, e a banda começou a atrair seguidores em sua cidade natal, após os discos Aerosmith e Get Your Wings. Mas foi somente em 1975, com o lançamento de Toys in the Attic, que o Aerosmith conquistou prestígio internacional. Apresentando uma mistura de heavy metal, hard rock e toques de punk, o álbum trazia o clássico "Walk This Way" e o hit "Sweet Emotion".
O estouro comercial da banda acabou resultando em turnês cada vez mais exaustivas, conflitos internos e abuso de drogas. Em meio aos excessos, Perry e Whitford abandonaram o grupo em 1979 e 1981, respectivamente, sendo substituídos por Jimmy Crespo e Rick Dufay. Com a saída de dois de seus membros fundadores, a banda não conseguiu criar material memorável entre 1980 e 1984, lançado somente um álbum, Rock in a Hard Place, que não obteve o mesmo sucesso que os discos anteriores.

Com o retorno de Perry e Whitford em 1984, a banda só foi conseguir reconquistar o nível de popularidade alcançado na década de 70 em 1986, com o lançamento do segundo álbum ao vivo do grupo, Classics Live! Vol. 1, ao mesmo tempo em que Steven e Joe apareceram no bem sucedido cover dos rappers do Run-D.M.C. de "Walk This Way". Combinando rock n' roll e rap, a versão se tornou um sucesso instantâneo e marcou o início do regresso do Aerosmith à boa forma.

Em 1987, o disco Permanent Vacation trouxe hits como "Dude (Looks Like a Lady)", "Rag Doll" e "Angel", colocando o Aerosmith nas paradas americanas novamente. Confirmando o bom momento do grupo, o álbum Pump, de 1989, fez a banda entrar na década de 1990 com força total, apresentando seu primeiro auge de popularidade com os singles "Janie's Got a Gun" (que vence o primeiro Grammy para o grupo), "What It Takes" e "Love in an Elevator".

Get a Grip veio em 1993 e também foim sucesso de vendas. Singles como "Livin' On The Edge" (que vence o segundo Grammy da banda), "Eat The Rich", e as baladas "Cryin'" e "Crazy" (vencedora do seu terceiro Grammy), o Aerosmith explode na década de 1990 - em parte pelo sucesso de seus clipes estrelados pela atriz novata Alicia Silverstone e a filha de Steven, Liv Tyler. Foi colhendo os louros deste período que a banda fez sua estreia em palcos brasileiros, em 1994, no Hollywood Rock, festival que passou por Rio de Janeiro e São Paulo.

Nine Lives, de 1997, foi um álbum marcado por inúmeros problemas internos, como a demissão do produtor Tim Collins. Mesmo assim, o registro alcançou o topo das paradas e vendeu três milhões de cópias, com singles de sucesso como "Falling In Love (Is Hard On The Knees)", "Hole in My Soul" e "Pink" (que vence o quarto Grammy do grupo). Em 1999, a banda finalmente alcançar o primeiro lugar da Billboard, com a trilha sonora do filme Armageddon, "I Don't Want To Miss A Thing" (escrita por Diane Warren).

Em 2001 vem Just Push Play, que apesar de ser considerado um disco fraco até mesmo pelo próprio Joe Perry, trouxe o hit "Jaded". Honkin' on Bobo, de 2004, promoveu um retorno do Aerosmith às origens blues da banda, trazendo 11 covers e apenas uma faixa própria. Após a turnê de divulgação desse disco, Perry entrou em excursão com seu projeto solo e uma nova excursão do Aerosmith teve de ser cancelada por conta de uma cirurgia na garganta de Steven Tyler.

O grupo tinha planos de entrar em estúdio para gravar um novo disco em 2008, mas o grande número de shows de uma nova turnê cancelou os planos. A opção por mais shows se mostrou como uma decisão equivocada, visto que os integrantes passaram por vários problemas de saúde neste período. Brad Whitford ficou fora de sete dias da turnê para se recuperar de um ferimento na cabeça e Steven Tyler machucou a perna em um show em Connecticut. Quando a banda retornou aos shows, Hamilton teve de se afastar, a fim de se recuperar de uma cirurgia. Em agosto de 2009, Tyler se machucou novamente, depois de cair do palco durante uma apresentação.

Como se não bastassem os acidentes na turnê para atrasar o curso normal das atividades do Aerosmith, Steven Tyler demonstrou interesse em concentrar suas energias em uma carreira solo e no lançamento de sua autobiografia, "O Barulho Na Minha Cabeça Te Incomoda?". Neste período, Joe Perry chegou a dar declarações de que a banda estava procurando um novo vocalista. Porém, durante um show de seu projeto solo, Tyler subiu ao palco para tocar "Walk This Way" com o guitarrista e disse à plateia que não estava deixando o Aerosmith. Depois do envolvimento de alguns advogados, a banda voltou aos palcos para algumas apresentações. Mas em 2010, surgiu uma nova discussão: Steven Tyler assumiu o cargo de jurado do reality show American Idol, deixando o Aerosmith mais uma vez em segundo plano.

Apesar dos compromissos com o programa, o Aerosmith agendou novas turnês em 2011, passando novamente pelo Brasil. Após duas temporadas como jurado do American Idol, Tyler divulgou sua saída do programa, alegando que era hora de se dedicar ao que ele descreveu como seu "primeiro amor" e de "trazer o rock de volta". Após mais uma turnê, o Aerosmith anunciou a gravação de um novo álbum: Music From Another Dimension!, lançado somente no final de 2012.


Aerosmith
Formação da banda: Steven Tyler (vocais, gaita, piano, percussão), Joe Perry (guitarra, backing vocals), Tom Hamilton (baixo), Joey Kramer (bateria), Brad Whitford (guitarra).

Discografia: Aerosmith (1973), Get Your Wings (1974), Toys in the Attic (1975), Rocks (1976), Draw the Line (1977), Night in the Ruts (1979), Rock in a Hard Place (1982), Done with Mirrors (1985), Permanent Vacation (1987), Pump (1989), Get a Grip (1993), Nine Lives (1997), Just Push Play (2001), Honkin' on Bobo (2004), Music from Another Dimension! (2012).

Curiosidade:
A atriz Liv Tyler só descobriu que era filha de Steven Tyler muitos anos depois; ela sempre achou que seu pai era o cantor e compositor Todd Rundgren. A mãe de Liv era Bebe Buell, uma das mais famosas groupies da história, conhecida por ter saído um número considerável de estrelas do rock. A banda de rock alternativo Lemonheads fez a música "C'Mon Daddy" abordando essa história.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Em meio a problemas internos, Bon Jovi toca na quinta noite do Rock in Rio

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


O Bon Jovi é a atração principal da quinta noite do Rock in Rio, no Palco Mundo no dia 20 de setembro. Porém, muitos fãs devem ficar decepcionados com uma grande baixa na formação da banda: o guitarrista Richie Sambora não participará da apresentação. Segundo o site RumourFix.com, Sambora foi demitido do resto da turnê Because We Can e não voltará mais à banda neste ano.

Sambora abandonou a atual turnê mundial do grupo em abril, alegando problemas de ordem pessoal. A banda deu sequência aos shows chamando novamente o guitarrista Phil X para cobrir a sua vaga - como já havia sido necessário em 2011, quando Sambora se ausentou para se tratar em uma clínica de reabilitação.

O Bon Jovi volta ao Brasil para promover o disco What About Now, lançado em março deste ano. A última vinda do grupo ao país aconteceu em outubro de 2010, quando o grupo tocou em São Paulo e Rio de Janeiro.

A parceria entre Jon Bon Jovi e Richie Sambora data desde o início oficial da banda, depois que Jon contratou músicos profissionais e gravou a música "Runaway", em 1983. A faixa foi incluída em uma coletânea de uma rádio novaiorquina, virou sucesso nas rádios e resultou em um contrato com a gravadora Mercury. Na época, o vocalista ainda usava o nome John Bongiovi. Ao receber uma sugestão da gravadora para trocar seu nome por "Johnny Lightning" (algo como "João Relâmpago" em português), a banda decidiu adotar o sobrenome de John com a grafia alterada para Bon Jovi. O cantor também aproveitou a oportunidade para tirar o "h" de seu nome, abreviado para Jon.

Em janeiro de 1984, saiu o disco de estreia da banda, homônimo. O disco foi bem recebido, e vendeu cerca de 500 mil cópias nos Estados Unidos. No ano seguinte, veio 7800º Fahrenheit. O álbum vendeu menos que o antecessor, mas conquistou mais alguns fãs.

Em 1986, a banda se juntou ao produtor e compositor Desmond Child (que já trabalhou com Aerosmith e Kiss, entre outros) para criar Slippery When Wet, o disco que transformou o Bon Jovi em sucesso mundial. O álbum lançou três dos maiores hits da história do grupo: "Livin On a Prayer", "You Give Love a Bad Name" e "Wanted Dead Or Alive". Vinte e seis anos após o lançamento, Slippery When Wet já vendeu quase 30 milhões de cópias ao redor do planeta. A extensa e intensa turnê de divulgação do álbum esgotou os músicos: nessa época, Jon começou a tomar remédios e estimulantes para conseguir cantar todas as noites. Ele também passou a ter aulas de canto para poupar a garganta, prejudicada a ponto de não conseguir atingir notas altas gravadas nos dois primeiros discos do grupo.

Em 1988 o grupo lançou New Jersey, uma tentativa de provar que o Bon Jovi não seria banda de somente um disco de sucesso. Apesar de não superar Slippery When Wet, o registro gerou outros grandes sucessos como "Bad Medicine" e "I'll Be There For You". O álbum quase acabou com a banda: logo após as gravações, o quinteto voltou direto para a estrada, e o estilo de vida estressou todos os integrantes. O clima entre eles era tão ruim nessa época que o grupo começou a viajar em jatos separados entre as datas da turnê. No meio do turbilhão, em 1989 Jon fez uma viagem secreta a Las Vegas e se casou com sua namorada da época de escola, Dorothea Hurley.

Os cinco membros da banda finalmente tiraram férias em 1990, ao fim da turnê de divulgação de New Jersey. A pausa veio em boa hora; pouco depois surgiu a cena grunge, que tirou a atenção do estilo musical da década anterior. Jon aproveitou a folga para investir na carreira de ator, e participou do filme Jovens Demais Para Morrer. A trilha do filme virou seu primeiro álbum solo, Blaze Of Glory. com participações de nomes como Elton John, Little Richard e Jeff Beck.

Recuperada, a banda se uniu ao produtor Bob Rock - então famoso pelo trabalho com o Metallica - em 1992 para o disco Keep The Faith. Menos pesado que os anteriores, o quarto álbum do Bon Jovi conseguiu manter o status da banda no mercado fonográfico. Em 1993, Jon e Dorothea tiveram a primeira filha, Stephanie.

Em 1994, veio a coletânea Cross Roads, que reunia grandes sucessos e duas inéditas: "Someday I'll be Saturday Night" e a balada romântica "Always" - um dos maiores hits da banda. No mesmo ano acontece uma baixa na formação da banda: o baixista Alec John saiu e nunca foi oficialmente substituído. Desde então, a banda é oficialmente um quarteto.

Em 1995, Jon e Dorothea tiveram mais um filho: Jesse James. Meses depois de ter o segundo rebento, Jon lançou o quinto álbum do Bon Jovi, These Days, muito bem recebido pela crítica musical da época. Após a turnê de divulgação do álbum, a banda decidiu se separar mais uma vez para descansar. Durante a folga, Jon trabalhou em seu segundo álbum solo, Destination Anywhere, e voltou a atuar.

Em 1999 a banda se reuniu e escreveu mais de trinta músicas para um novo álbum. Insatisfeito com o resultado, o Bon Jovi descartou praticamente todas e recomeçou do zero. Em 2000 saiu Crush, com o hit "It's My Life". O disco apresentou o Bon Jovi a fãs mais novos, e pavimentou mais uma turnê bem-sucedida. Em 2002, veio o sucessor Bounce, que não atingiu o mesmo sucesso do anterior. Nos anos que se seguiram, a família de Jon também cresceu: em 2002 nasceu Jacob Hurley, e em 2004, Romeo Jon. No ano seguinte, o Bon Jovi voltou às atividades normais e lançou o nono disco de estúdio, Have a Nice Day.


Rumo Country

Em 2006 a banda lançou a música "Who Says You Can't Go Home" com a cantora Jennifer Nettles, e se tornou a primeira banda de rock a alcançar a primeira posição da parada country da Billboard. A música ganhou um Grammy de Melhor Performance Country. Inspirada pela parceria, a banda gravou o álbum Lost Highway em 2007 e encantou os fãs do gênero, que levaram o disco para o primeiro lugar da parada da Billboard. Foi o primeiro registro do Bon Jovi a alcançar essa posição desde 1988.

Em 2009 saiu um documentário chamado When We Were Beautiful, mostrando o cotidiano da banda durante a turnê de Lost Highway - a mais bem-sucedida do grupo. No mesmo ano saiu o álbum The Circle, desta vez voltado ao rock n' roll clássico da banda. Jon Bon Jovi diz que após vários álbuns com estilos diferentes, chegou a hora de voltar ao estilo que consagrou o grupo.

Em outubro de 2012, a banda anunciou a turnê mundial Because We Can, para o lançamento de um novo álbum, What About Now. O disco saiu em março de 2013 e a banda caiu na estrada pela América do Norte, Europa, Africa, Extremo Oriente, Austrália e América Latina.


Bon Jovi

Formação da banda: Jon Bon Jovi (vocais e guitarra), Phil X (guitarra e vocais) David Bryan (teclados) e Tico Torres (bateria).
Discografia: Bon Jovi (1984), 7800° Fahrenheit (1985), Slippery When Wet (1986), New Jersey (1988), Keep the Faith (1992), These Days (1995), Crush (2000), Bounce (2002), Have a Nice Day (2005), Lost Highway (2007), The Circle (2009), What About Now (2013).
Links para os videos no YouTube

A curiosidade:
Jon sempre foi apaixonado por música, e quando adolescente chegava a matar dias inteiros de aula para tocar, cantar e compôr. Apesar das notas baixas, a receita deu certo: hoje, ele lidera uma das bandas mais famosas e rentáveis da história. Ao longo dos anos, o Bon Jovi já vendeu mais de 130 milhões de álbuns e é considerada a segunda banda mais rica do planeta (atrás apenas do U2), com lucro de US$ 125 milhões apenas em 2011.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Iron Maiden volta ao Brasil com remake de turnê dos anos 80

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Um show do Iron Maiden no Brasil já não é novidade; a apresentação no Rock in Rio será a décima vez que o grupo inglês passa pelo país. Mas nem por isso o espetáculo de Bruce Dickinson, Steve Harris, Dave Murray, Adrian Smith, Janick Gers e Nicko McBrain deixa de ser imperdível. A Maiden England World Tour é uma espécie de remake do home video que retratava a turnê original que o grupo realizou em 1988, enquanto promovia o álbum Seventh Son of a Seventh Son - considerado por muitos fãs como o fim da fase de ouro da banda.

Um dos principais grupos do movimento musical que ficou conhecido como NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), a banda inspirou seu nome de um instrumento de tortura medieval que aparece no filme O Homem da Máscara de Ferro, baseado na obra de Alexandre Dumas. Com quase quatro décadas de existência, quinze álbuns de estúdio, seis discos ao vivo, quatorze vídeos e diversos compactos, o Iron Maiden é uma das mais importantes e bem sucedidas bandas de toda a história do heavy metal, com mais de 100 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo.

A estreia do Iron Maiden nos palcos do Brasil foi justamente na primeira edição do Rock in Rio, em 1985. Na época, o grupo seguia com a turnê World Slavery, promovendo o clássico disco Powerslave. A ligação do Maiden com o festival foi reestabelecida na edição do Rock in Rio 2001, pouco depois que Bruce Dickinson e Adrian Smith retornaram à banda. A performance da banda foi documentada em um DVD oficial, e desde então o Iron Maiden vem ao Brasil com frequência, levando suas turnês às principais arenas e estádios do país inteiro, de Belém a Porto Alegre, de Recife a Manaus e várias outras cidades, incluindo quatro shows esgotados em São Paulo.

E agora a apresentação do grupo no Palco Mundo no dia 22 de setembro pretende recriar o repertório do show lançado em VHS em 1988 e que está sendo relançado este ano. O plano é levar para o Rio uma estrutura enorme de iluminação, palco, várias encarnações do mascote Eddie, um espetáculo pirotécnico e outras surpresas para os fãs. No setlist, não devem faltar clássicos como "The Number of The Beast", "The Trooper" e "Wasted Years", assim como canções do álbum Seventh Son of a Seventh Son, há muito tempo ausentes do repertório das últimas excursões da banda.

Iron Maiden
Formação da banda: Bruce Dickinson (vocais), Steve Harris (baixo), Dave Murray (guitarra), Adrian Smith (guitarra), Janick Gers (guitarra) e Nicko McBrain (bateria).

Discografia: Iron Maiden (1980), Killers (1981), The Number of the Beast (1982), Piece of Mind (1983), Powerslave (1984), Somewhere in Time (1986), Seventh Son of a Seventh Son (1988),
No Prayer for the Dying (1990), Fear of the Dark (1992), The X Factor (1995), Virtual XI (1998), Brave New World (2000), Dance of Death (2003), A Matter of Life and Death (2006), The Final Frontier (2010).



A curiosidade:
A primeira passagem do Iron Maiden pelo Rock in Rio teve algumas peculiaridades - para não dizer pequenos desastres. Durante a canção "Revelations" - a única na qual Bruce Dickinson toca guitarra -, visivelmente empolgado, o vocalista bateu o braço do instrumento contra o rosto, cortando o supercílio e fazendo com que sangue comece a escorrer pelo rosto. Alheios ao que estava acontecendo, o resto da banda não parou de tocar a música porque Dickinson continuou cantando como se o problema não fosse com ele. Naquela noite, cerca de 200 mil pessoas lotavam o lugar.

Justin Timberlake traz banda com 15 músicos ao palco principal do Rock in Rio

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


"Justin Timberlake no Rock in Rio? Mas Justin Timberlake é rock?" As frases podem relatar o pensamento dos puristas que ainda associam o festival à primeira edição realizada em 1985, que contou com bandas como Queen, AC/DC, Ozzy Osbourne e Iron Maiden. Mas a verdade é que se o que interessa no Rock in Rio é o espetáculo, Justin sabe como fazê-lo, e bem. Tanto é que o cantor montou uma banda de apoio com nada mais, nada menos que 15 músicos para fechar a terceira noite do festival no Palco Mundo, no dia 15 de setembro.

Considerado um Rei Midas moderno, Justin já contabiliza seis prêmios Grammy e um Emmy, além de sete Video Music Awards, da MTV americana, e cinco Europe Music Awards, da MTV europeia. Timberlake é detentor de um recorde: desde Michael Jackson, com Dangerous (1991), ele é o primeiro cantor a emplacar, com apenas um álbum, seis hits no top 20 da Billboard. Justin, além de empresário, é dono da gravadora Tennman Records, tem ainda uma linha de roupas chamada William Rast e os restaurantes Destino e Southern Hospitality.

Justin Randall Timberlake nasceu em 31 de janeiro de 1981 em Memphis, Tennessee. Timberlake começou a cantar na igreja batista na qual seu pai era diretor do coral. Em 1992, ele participou de uma competição chamada "Star Search" cantando música country e não ganhou, mas sua participação o garantiu um lugar no elenco do programa Clube do Mickey, contracenando com Britney Spears - com quem depois namorou por um longo período - Christina Aguilera e JC Chasez, seu futuro companheiro de 'N Sync. Ele participou da atração até seu cancelamento, em 1995.

Em seguida, aos 14 anos, Timberlake se juntou a boy band, 'N Sync. O álbum de estreia do grupo ganhou 10 discos de platina nos Estados Unidos, e o seguinte, No Strings Attached, virou platina 11 vezes. No Strings Attached também bateu o recorde de disco mais vendido em uma semana nos EUA, com cerca de 2,4 milhões de cópias.

Em 2002, o 'N Sync anunciou que entraria em hiato, e em novembro do mesmo ano, Timberlake lançou seu primeiro disco solo, Justified. O registro vendeu mais de 400 mil cópias na semana de lançamento. Ao todo, Justified já vendeu mais de nove milhões de cópias e obteve três indicações ao Grammy, incluindo álbum do ano. Três singles entraram para as paradas da Billboard: "Like I Love You", "Cry Me a River", e "Rock Your Body". A partir daí, Timberlake saiu em turnê com Christina Aguilera em 2003.
Depois de protagonizar uma célebre aparição no intervalo do Super Bowl de 2004 com Janet Jackson, Timberlake lançou seu disco mais famoso até então, FutureSex/LoveSounds, em 2006. O álbum trazia os singles "SexyBack", "My Love" e "What Goes Around... Comes Around". "Sexyback" ficou no top 5 das paradas de 15 países. Em 2007, Timberlake figurou entre as 100 Pessoas Mais Influentes da revista Time.

Depois de completar as datas da turnê FutureSex/LoveShow no final daquele ano, Timberlake voltou suas atenções à carreira de ator. Em 2010 Justin Timberlake teve um papel bastante importante em um dos filmes mais comentados do ano. Em A Rede Social ele é Sean Parker, co-fundador do Napster e um conselheiro informal que acaba sendo incorporado ao Facebook. O verdadeiro Parker disse que o filme é um completo trabalho de ficção e que gostaria que ele fosse como o personagem interpretado por Justin.

Timberlake fez mais dois filmes no ano seguinte: Amizade Colorida (formando par romântico com Mila Kunis) e Professora Sem Classe (contracenando com sua ex-namorada, Cameron Diaz). Ainda em 2011 ele atuou em um filme de ficção científica: O Preço do Amanhã. Timberlake também fez aparições no humorístico Saturday Night Live em 2009 e 2011, ganhando três prêmios Emmy pelas participações.

Mas Timberlake fez cinema não apenas na frente das câmeras: em 2012, o artista foi responsável pela voz do personagem Catatau em Zé Colmeia - O Filme. No mesmo ano, ele casou-se com a atriz Jessica Biel.

Em janeiro de 2013, Timberlake voltou à carreira musical, lançando seu primeiro single após sete anos sem novidades musicais: "Suit & Tie", com participação do rapper e produtor milionário Jay-Z. A canção se tornou a música mais tocada na história da Billboard Pop em sua primeira semana - bem à frente do resultado anterior, de Lady Gaga, com "Born This Way"- e é recorde de downloads no iTunes.

Depois do sucesso de "Suit & Tie" Justin revelou que já estava trabalhando em um novo álbum desde junho do ano anterior. O novo disco de Timberlake, The 20/20 Experience, foi lançado em março e uma segunda parte do material seria lançada ainda em setembro. Ele e Jay-Z anunciaram uma turnê norte-americana chamada Legends of the Summer, passando por estádios em julho e agosto. Mais tarde, Justin também anunciou uma turnê solo mundial, e é esta tour que passará pelo Rock in Rio.

Justin Timberlake
Formação da banda The Tennessee Kids (músicos fixos): Adam Blackstone (diretor musical e baixo), Elliott Ives e Mike Scott (guitarras) e Brian Frasier (bateria).

Discografia: Justified (2002), FutureSex/LoveSounds (2006), The 20/20 Experience (2013), The 20/20 Experience: 2 of 2 (2013)



A curiosidade:
Justin Timberlake compôs "Rock Your Body" com Pharrell Williams e Chad Hugo (que fazem parte do The Neptunes e do N.E.R.D.) especialmente para Michael Jackson. Mas conflitos de agenda impediram que o trio se encontrasse para que a canção fosse apresentada ao astro. Justin então entrou em estúdio, e fez de "Rock Your Body" seu terceiro single de sucesso do álbum Justified.

Metallica retorna ao Rock in Rio em noite dedicada ao metal

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Uma das bandas mais influentes e populares de todos os tempos, o Metallica tocará pela segunda vez consecutiva na edição brasileira do Rock in Rio. Eles sobem ao Palco Mundo no dia 19 de setembro, quarta noite do festival, que é dedicada inteiramente ao metal.

Formada em 1981 em Los Angeles, Califórnia, a banda surgiu após James Hetfield responder a um anúncio que o baterista Lars Ulrich colocou em um jornal local. Antes de chegar à sua formação atual, o grupo contou com o guitarrista Dave Mustaine (que mais tarde fundou outra banda importante do metal, o Megadeth) e o baixista Ron McGovney. Com a demissão de Mustaine e McGovney, Kirk Hammet e Cliff Burton assumiram a guitarra e o baixo, respectivamente. Esta formação lançou os álbuns Kill 'Em All, Ride the Lightning e Master of Puppets, considerados clássicos do thrash metal. Porém, um acidente com o ônibus da banda em 1986 causou a morte de Burton.

Dois anos depois, o Metallica retornou com um novo baixista, Jason Newsted, e o disco ...And Justice for All. O álbum apontou uma mudança no direcionamento do grupo, incluindo a gravação de seu primeiro videoclipe, "One", gerando interesse na MTV. Mas o só foi alcançar o sucesso mundial com o lançamento do disco auto-intitulado (o chamado Black Album), em 1991. Com as faixas "Nothing Else Matters", "Enter Sandman", "Sad But True" e "The Unforgiven" em alta rotação na MTV e nas rádios de rock, o Metallica atingiu o topo da Billboard e passou a tocar para públicos cada vez maiores.

Em 1996 o Metallica criou polêmica no mundo metaleiro, ao retornar com os cabelos curtos e um som bem mais polido no álbum Load. Apesar da reação adversa da maioria dos fãs, Load ficou quatro semanas consecutivas no topo da parada da Billboard. A banda seguiu em frente e lançou o trabalho ReLoad em 1997, sem repetir o sucesso do disco anterior.

Em 2003, Newsted deixou a banda por diferenças musicais e Robert Trujillo (ex-Suicidal Tendencies e músico de apoio de Ozzy Osbourne) assumiu as quatro cordas. Com esta formação, o Metallica lançou mais dois álbuns: St. Anger e Death Magnetic.

O Metallica é a banda mais bem sucedida comercialmente de todos os tempos do metal, com mais de 140 milhões de registros vendidos em todo o mundo, incluindo 69 milhões apenas nos Estados Unidos. A banda já ganhou nove Grammy Awards, entrou para o Rock and Roll Hall of Fame e teve cinco álbuns consecutivos em primeiro lugar na Billboard 200. O Black Album já vendeu mais de 28 milhões de cópias mundialmente.

Atualmente o Metallica vem trabalhando em seu decimo álbum de estúdio, que tem lançamento previsto para início de 2014. As apresentações do quarteto devem ser recheadas de músicas conhecidas dos fãs, já que eles não lançam um disco de inéditas desde 2008. Por cerca de duas horas, o Metallica, deve apresentar na quarta noite do Rock in Rio um repertório de grandes sucessos, dosando canções pesadas e sujas como "Creeping Death", "Fuel" e "Master Of Puppets", com baladas melódicas como "Fade To Black".

Metallica
Formação da banda: James Hetfield (vocais, guitarra), Lars Ulrich (bateria), Kirk Hammett (guitarra) e Robert Trujillo (baixo).
Discografia: Kill 'Em All (1983), Ride the Lightning (1984), Master of Puppets (1986), ...And Justice for All (1988), Metallica (1991), Load (1996), ReLoad (1997), St. Anger (2003), Death Magnetic (2008).



A curiosidade:
Durante a apresentação da banda na edição anterior do Rock in Rio, Kirk Hammet citou "Samba de Uma Nota Só", de Tom Jobim, durante um solo improvisado de guitarra. O guitarrista é fã declarado de bossa nova.

Beyoncé encerra a primeira noite do Rock in Rio

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Uma das mais importantes cantoras da atualidade, Beyoncé encerra a primeira noite do Rock in Rio, no dia 13 de setembro, no Palco Mundo. Em sua segunda passagem pelo país (ela tocou em São Paulo em 2010), a cantora traz sua atual turnê, The Mrs. Carter Show, mostrando seu talento para dançar, cantar, desfilar pelo ar pendurada por cabos de aço e emocionar o público com baladas românticas e hits para a pista.

Beyoncé começou cedo: com 16 anos, formou com Kelly Rowland e Michelle Williams o Destiny's Child. O trio ficou conhecido no final da década de 90 por sucessos como "Say My Name", "Independent Women", "Survivor" e "Bootylicious". Em 2002, o grupo anunciou um hiato e retornou em 2004 para lançar o disco Destiny Fulfilled. Mas essa parada proporcionou que Beyoncé pudesse se lançar definitivamente em carreira solo.

Seguindo seu próprio caminho, Beyoncé cresceu ainda mais. Seu debut como artista solo, Dangerously in Love, estreou em primeiro lugar na parada musical Billboard 200 em junho de 2003, vendendo 317 mil cópias na semana de seu lançamento. O primeiro single do álbum, "Crazy in Love", que contou com a participação do marido rapper Jay-Z, ficou oito semanas consecutivas em primeiro lugar. E o segundo single, "Baby Boy", teve participação do cantor Sean Paul, e permaneceu no primeiro lugar por nove semanas consecutivas.

A cantora deu sequência à carreira com B'Day, emplacando os hits "Déjà Vu" e "Irreplaceable" - e com I Am... Sasha Fierce, que trazia os sucessos "If I Were a Boy" e "Single Ladies (Put a Ring on It)". Em janeiro de 2010, Beyoncé anunciou que faria uma pausa em sua carreira, seguindo o conselho da mãe para "viver a vida e voltar a se inspirar novamente". Durante esta pausa, Beyoncé rompeu o contrato com o pai e empresário Mathew Knowles e visitou cidades europeias, a Grande Muralha da China, as pirâmides do Egito, a Austrália, festivais de música ingleses e vários museus.

A popstar retornou em 2011 com o álbum 4, título que traz uma gama de significados: "É o dia do meu aniversário, do aniversário e da minha mãe e vários amigos meus também fazem aniversário nessa data. Além disso, eu me casei no dia 4. Eu tinha outros nomes em mente, mas parece que meus fãs gostaram desse", declarou a cantora à revista Billboard. Também em 2011, durante o MTV Video Music Awards, anunciou sua primeira gravidez. Blue Ivy Carter nasceu em janeiro de 2012 e cerca de cinco meses depois do parto Beyoncé já estava de volta à carreira artística.

Em maio de 2013, ao cancelar um show na Bélgica, a cantora rapidamente despertou especulações de que estaria grávida novamente e cancelaria sua turnê pela América do Sul. Porém, um porta-voz da popstar atribuiu o ocorrido "à desidratação e ao cansaço" e que ela teria sido aconselhada a repousar por um médico. Mas Queen B (como é chamada pelos fãs) voltou as palcos no mesmo mês e seguiu com a turnê The Mrs. Carter Show.

O set list da tour traz músicas antigas do repertório do Destiny's Child, como "Survivor", até hits mais novos, como "Love On Top" e a nova "Grown Woman", que fará parte de seu próximo disco, que está em processo de gravação e deve ser lançado ainda este ano.


Recordista no Grammy

Beyoncé detém a marca de ser a artista feminina que mais foi premiada em apenas uma edição do Grammy Awards. Em 2010, ela venceu seis das dez categorias em que estava concorrendo. Além dela, as únicas cantoras que ganharam cinco Grammys em apenas uma edição da premiação foram Lauryn Hill em 1999, Alicia Keys em 2002, Norah Jones em 2003 e Amy Winehouse em 2008. Ao todo, ela já ganhou ao longo de sua carreira 16 Grammys (13 em carreira solo e 3 com o grupo Destiny's Child).



Formação da banda: The Sugar Mamas: Bibi McGill (diretora musical, guitarra), Crystal "Crissy" Collins, Montina Cooper e Tiffany Moníque (vocalistas de apoio), Kat Rodriguez (saxofone), Rie Tsuji (assistente de diretora musical e teclados), Crystal J Torres (trompete)
Discografia: Dangerously in Love (2003), B'Day (2006), I Am... Sasha Fierce (2008), 4 (2011)


A curiosidade:
Beyoncé se tornou a artista que mais vendeu música durante a década passada nos Estados Unidos, seguida de perto por Michael Jackson e pelo grupo The Eagles, segundo a Associação Americana da Indústria Fonográfica (RIAA, na sigla em inglês). A cantora obteve no total 64 certificações de ouro e platina pela comercialização de discos, músicas, videoclipes, toques para telefones celulares e downloads legais pela internet entre 2000 e 2009. Atrás de Beyoncé, ficaram os Eagles, que conseguiram 48 certificações, enquanto Michael Jackson ficou com o terceiro lugar, com 44.

Alice in Chains apresenta novo álbum no Rock in Rio

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! Celebridades.


Em 1991, era impossível passar pelas estações de rádio de rock e não se deparar com "Man in the Box" na programação. O primeiro hit do Alice in Chains invadiu as paradas musicais com guitarras pesadas, letras depressivas e as melodias vocais intercaladas de Layne Staley e Jerry Cantrell. O sucesso dos álbuns Facelift e Dirt e a chamada "era grunge" proporcionaram a vinda do grupo durante o auge para sua primeira apresentação no Brasil, no Hollywood Rock de 1993. Mas o que mudou de lá para cá?

Não é exagero dizer que o Alice in Chains vive hoje uma "sobrevida". Após o EP Jar of Flies, a banda passou por períodos conturbados. Os problemas com drogas do vocalista Layne Staley tornaram-se cada vez mais frequentes, resultando em vários hiatos na carreira. Após o lançamento de um disco autointitulado e uma apresentação acústica para a MTV em 1996, o futuro do grupo virou uma incógnita e o guitarrista Jerry Cantrell investiu em uma carreira solo, lançando dois discos (Boggy Depot e Degradation Trip). Enquanto isso, Staley resolveu se isolar totalmente de seus companheiros de banda, até que o vício em heroína culminou em morte por overdose no dia 5 de abril de 2002 - exatos 8 anos da morte de Kurt Cobain, do Nirvana (que também segundo os peritos, morreu no dia 5 de abril, mas de 1994). O Alice in Chains parecia ter chegado ao fim, mas em 2005 o grupo retornou timidamente aos palcos com o vocalista William DuVall (da banda Comes With The Fall e depois integrante da banda solo de Cantrell) para algumas apresentações beneficentes.

Mostrando preocupação em fazer jus ao legado da banda, o Alice in Chains só voltou a lançar um disco com novo material em 2009. Black Gives Way to Blue trazia de volta o som característico do grupo, recheado de riffs pesados, vocais sombrios e algumas baladas acústicas. O álbum trazia o single "Check My Brain", que colocou o nome do Alice in Chains de volta aos holofotes. Em 2011, a banda retornou ao Brasil para uma apresentação memorável no SWU Music & Arts Festival.

Passado o luto de Staley e do ex-baixista Mike Starr (encontrado morto em março de 2011, vítima de uma mistura de antidepressivos) e a adaptação à nova formação, o grupo passou a trabalhar em um novo disco. Após um breve descanso forçado - devido a uma cirurgia nos ombros de Cantrell -, o Alice in Chains soltou The Devil Put Dinosaurs Here em maio deste ano. Com letras cheias de referências religiosas e políticas, o álbum aposta em canções longas rechedas de distorção. Mas para quem pretende ver a banda ao vivo na quarta noite do Rock in Rio, o setlist de Cantrell e cia é bem abrangente: o repertório passei por canções mais novas como "Stone", "Hollow" e "Last of My Kind" até clássicos como "Them Bones", We Die Young" e "Would?"

Alice in Chains
Formação da banda: Jerry Cantrell (guitarra e vocais), William DuVall (vocais e guitarra) Mike Inez (baixo) e Sean Kinney (bateria).
Discografia: Facelift (1990), SAP (1992), Dirt (1992), Jar of Flies (1994), Alice in Chains (1995), MTV Unplugged (1996), Live (2000), Black Gives Way to Blue (2009), The Devil Put Dinosaurs Here (2013).


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Gilberto Gil, Aquele Abraço

Músico e político baiano completa 71 Anos neste sábado

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! Celebridades.


"Há várias formas de se fazer música brasileira: Gil prefere todas". A frase de Torquato Neto citada no livro Noites Tropicais de Nelson Motta sintetiza em poucas palavras a obra de Gilberto Gil, músico baiano que completa 71 anos no dia 29 de junho. Como um dos compositores mais reverenciados e regravados da MPB (Música Popular Brasileira), Gil contabiliza mais de 50 álbuns lançados desde 1967, mas sua importância não se limita apenas à música. Gilberto Gil também participa de movimentos sociais e políticos para fomentar a cultura, além de sempre se manter antenado com as novas possibilidades da interação digital.

Nascido no bairro do Tororó, em Salvador, Gilberto Passos Gil Moreira começou na música tocando acordeon na academia do colégio Maristas, influenciado pela música de Luiz Gonzaga . Ao ganhar um violão da mãe Claudina, Gil também passou a se interessar pelo trabalho de João Gilberto . Mal saberia ele que, anos depois, o próprio João Gilberto gravaria uma música sua ("Eu Vim Da Bahia").

Durante o curso de Administração de Empresas na faculdade, Gil fez novas amizades que mostraram importância decisiva em sua vida musical (e também na do Brasil): Caetano Veloso , Maria Bethânia , Gal Costa e Tom Zé . Com os amigos, o compositor realizou sua primeira apresentação, na inauguração do Teatro Vila Velha, em junho de 1964. O contato com parceiros igualmente talentosos fez com que Gil investisse em sua faceta musical, misturando ritmos brasileiros como samba, baião e xaxado com elementos de música africana, norte-americana e reggae jamaicano.

Em 1965, Gilberto Gil fez sua primeira apresentação em São Paulo, cantando a música "Iemanjá", no V Festival da Balança, evento universitário promovido pelo diretório acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie. Mas somente após participar do programa de televisão "O Fino da Bossa" (comandado por Elis Regina), Gil alcançou o sucesso e deixou seu emprego na empresa Gessy Lever. De contrato assinado com a Philips, lançou seu primeiro LP, "Louvação", em 1967. No mesmo ano, o compositor também causou alvoroço ao apresentar a canção "Domingo no Parque" ao lado d'Os Mutantes no III Festival de Música da Record; estava ali representada na TV a semente do Tropicalismo.

Junto com Caetano Veloso, Torquato Neto, Tom Zé, Rogério Duprat e outros, Gil participou do manifesto tropicalista, movimento que assimilou a cultura pop aos gêneros nacionais. Profundamente crítico nos níveis políticos e morais, o Tropicalismo abriu portas para uma nova etapa na música popular do país, mas também causou polêmica. Em 1969, Gil e Caetano foram taxados de "subversivos" pelo regime militar que se iniciou no Brasil em 1964. Depois de serem presos pela polícia, partiram para o exílio na Inglaterra.

Enquanto morou em Londres, Gil lançou um álbum em inglês e saiu em turnê pelos Estados Unidos. Neste período, Gil foi também o único latino a participar do Festival da Ilha de Wight, em 1970, representando a Tropicália, ao lado dos maiores astros do rock mundial da época, como The Who, Jimi Hendrix, Emerson, Lake and Palmer e The Doors. Ao retornar ao Brasil em 1975, Gil formou com Caetano, Bethânia e Gal o grupo Doces Bárbaros , promovendo uma fusão da cultura hippie com brasilidade e o regionalismo baiano. O disco ao vivo do grupo é considerado uma obra-prima da MPB.

Nos anos 80, Gil continuou engajado: participou no coro da versão brasileira de "We Are the World" - o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa - e marcou presença em Nordeste Já - projeto que abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes em um compacto simples com as canções "Chega de Mágoa" e "Seca d'Água". O músico ainda lançou uma versão em português do reggae "No Woman, No Cry" ("Não Chores Mais") clássico de Bob Marley.


Multitarefa contemporâneo

Em 1989, Gil elegeu-se vereador em Salvador pelo PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). Mais tarde, em março de 1990, filiou-se ao PV (Partido Verde), como membro da Comissão Nacional Executiva. Mas sua face política ganhou mais destaque em 2003, quando o então presidente Luís Inácio Lula da Silva nomeou-o para o cargo de ministro da Cultura. Gil permaneceu no cargo de ministro por cinco anos e meio, mas deixou o ministério em julho de 2008 para voltar a dedicar-se com maior exclusividade à vida artística.

Além de sua extensa discografia e de compor para diversos artistas - como Elis Regina, Simone, Gal Costa e Cazuza - a carreira de Gil rendeu frutos internacionalmente reconhecidos, como um Grammy na categoria Melhor Disco de World Music em 1998 e três Grammy Latino (um em 2003 e dois em 2010).

Mesmo com uma obra consolidada, o cantor não se fechou às tendências contemporâneas: durante seu mandato como Ministro da Cultura, Gil foi um grande divulgador do Creative Commons (organização americana não governamental sem fins lucrativos voltada a expandir a quantidade de obras criativas através de licenças que permitem a cópia e compartilhamento sem restrições). Além disso, o artista disponibilizou um aplicativo gratuito para iPhone e iPad com uma espécie de versão pocket de seu site oficial, permitindo o streaming de todas as faixas de sua discografia, acesso a fotos, letras das músicas e vídeos.