sexta-feira, 10 de maio de 2013

Os grandes clássicos do Domingo Maior

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! TV.

Durante a década de 90, o Domingo Maior foi o programa favorito dos fãs de filmes de ação e aventura. Todo domingo, após o Fantástico, a tela da Rede Globo apresentava produções recheadas de pancadaria e astros durões como Jean-Claude Van Damme, Steven Seagal, Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone, Chuck Norris, Charles Bronson e outros. Mas na entrada dos anos 2000, o Domingo Maior deixou de ser exclusivamente um festival de testosterona e passou a dar espaço também para filmes um pouco mais complexos (como Vicky Cristina Barcelona), de comédia (como Cruzeiro das Loucas), musicais (como Mary Poppins) e produções nacionais (como Carandiru e Cidade de Deus).

Veja abaixo nosso Top 10 de filmes clássicos de ação que já passaram pelo Domingo Maior:


Chuva Negra

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Nick Conklin (Michael Douglas) e Charlie Vincent (Andy Garcia) são dois detetives da polícia de Nova Iorque que acabam se envolvendo em uma guerra entre membros da Yakuza (a temida máfia japonesa). Ao prenderem um assassino nos Estados Unidos e levá-lo de volta para o Japão, o criminoso escapa e os dois policiais são obrigados a acertar as contas com a Yakuza. Lançado em 1989, o filme trata de temas pouco comuns para o gênero na época em que foi produzido: os motivos que levam um policial a se corromper, a lealdade entre parceiros, o orgulho e a honra - porém com bastante ação e velocidade pelas mãos da direção de Ridley Scott. Além de Michael Douglas e Andy Garcia, Chuva Negra quase contou com mais uma presença ilustre: o ator Jackie Chan. Porém, Chan recusou o papel por não concordar em interpretar um dos bandidos do filme.


Comando Para Matar

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Arnold Schwarzenegger é John Matrix, um coronel aposentado há dez anos e que mora com a filha, Jenny (Alyssa Milano). Como nem tudo são flores, o sossego de Matrix chega ao fim quando Jenny é sequestrada por Arius (Dan Hedaya), um ex-ditador latino-americano que espera recuperar o poder, e que para isto chantageia Matrix, ordenando-o que mate o atual presidente. Mas John não aceita a manipulação e parte para o resgate da filha contando apenas com a ajuda da aeromoça Cindy (Rae Dawn Chong). Logicamente, vários capangas de Arius aparecem para dificultar a vida do herói, incluindo o mercenário Bennett (Vernon Wells), que mais parece uma versão maléfica (e gorda) do cantor Freddie Mercury. Ao longo do filme, John Matrix mata nada menos que 144 pessoas.


Braddock 1, 2 e 3

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James Braddock (Chuck Norris) é um oficial americano que passou sete anos como prisioneiro de guerra no Vietnã, foi obrigado a trabalhar como escravo em uma plantação de ópio para um cruel homem chamado Yin (Soon-Tek Oh), foi torturado e conseguiu escapar. Mas como o passatempo preferido dele é se meter em combates e matar muitos vietcongues, Braddock une forças a um antigo amigo do exército, Tucker (M. Emmet Walsh), para voltar ao Vietnã em uma missão para resgatar mais soldados americanos que são mantidos como prisioneiros. No terceiro filme da série, Braddock mais uma vez retorna ao Vietnã porque descobre que sua esposa vietnamita e seu filho ainda estão vivos, e não mortos como ele pensou durante 12 anos. Em sua autobiografia, Chuck Norris disse que aceitou viver Braddock como uma forma de homenagem ao seu irmão mais novo, Wieland, que morreu na Guerra do Vietnã em 1970.


Desejo de Matar 1, 2, 3, 4 e 5

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Este é sem dúvida o papel mais famoso de Charles Bronson: Paul Kersey é um arquiteto que tem sua vida destroçada quando três marginais invadem seu apartamento, estupram sua filha e matam Joanna, sua mulher. Com sede de vingança, Kersey se arma e decide patrulhar as ruas de Nova Iorque para fazer justiça, eliminando qualquer um que o ameace. Paralelamente, ele é caçado por Frank Ochoa (Vincent Gardenia), um detetive que deseja encontrar o homem que está fazendo o trabalho dos tiras. Bronson voltou a interpretar o impiedoso Kersey também para vingar a morte do amigo Charley (Francis Drake), declarando sua própria guerra pessoal contra gangues, traficantes, e gângsters. Sempre discreto, de poucas palavras e com uma frieza impressionante, o personagem impiedoso e calculista rendeu um verdadeiro sucesso em sua época e invadiram o imaginário dos amantes do cinema policial por quase 20 anos - período em que os cinco filmes da série foram produzidos.


Duro de Matar 1, 2, 3, 4 e 5

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Depois de dividir a tela com Cybill Sheperd em A Gata e o Rato, Bruce Willis deu um salto de popularidade ao interpretar o detetive nova-iorquino John McClane. No primeiro filme da série Duro de Matar, lançado em 1988, McClane chega a Los Angeles para se encontrar com sua esposa (Bonnie Bedelia). Porém, ao chegar no prédio onde ela trabalha, percebe que o edifício está sendo invadido por um bando de terroristas alemães de araque (o alemão falado pelos bandidos em algumas cenas do filme possui erros gramaticais e em alguns momentos é incompreensível). A performance de Willis como o anti-herói McClane rendeu ainda mais filmes para a franquia: em Duro de Matar 2, o detetive mais uma vez tenta resgatar sua esposa de terroristas, mas desta vez em um avião. No terceiro filme da série, o detetive está separado da mulher, mas isso não o impediu de se meter com mais terroristas: Jeremy Irons faz o papel do irmão de um antigo inimigo de McClane, que busca vingança e começa a colocar bombas em lugares movimentados de Nova Iorque, soltando enigmas que podem evitar as explosões. Depois disso, McClane também combateu hackers e um dos maiores clichês de filmes de ação norte-americano: russos.


O Predador

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O major Alan "Dutch" Schaefer (Arnold Schwarzenegger) lidera uma equipe de resgate em uma selva da América Central, para tentar encontrar um ministro da Guatemala e funcionários do governo que saíram da rota e se perderam. Em meio à missão, o pelotão encontra uma criatura humanóide alienígena que possui armas de tecnologia avançada, como camuflagem quase invisível, e um enorme prazer em caçar e matar outras espécies com requintes de crueldade. Um fato curioso é que o Jean-Claude Van Damme tinha sido a escolha original para interpretar alienígena, por conta de suas habilidades marciais. Mas as reclamações do ator com relação à roupa apertada e o desejo de escalar alguém que se impusesse perante o elenco o fizeram com que o diretor John McTiernan optasse por Kevin Peter Hall - um ator de 2,18 metros que havia interpretado o pé grande no filme Harry, O Hóspede do Barulho. O Predador também rendeu uma continuação (O Predador 2) e dois spin-offs/crossovers (Alien vs. Predador e Alien vs. Predador 2).


Máquina Mortífera 1, 2, 3 e 4

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Mel Gibson interpreta Martin Riggs, um policial tresloucado que está sempre vivendo no limite (tanto no cumprimento da lei quanto em sua vida pessoal). Em contraponto, Riggs vira parceiro de Roger Murtaugh (Danny Glover), um tira tranquilo e pai de família que espera apenas a sua aposentadoria chegar. As diferenças de temperamento de Riggs e Murtaugh dão um tom humorístico à ação da dupla, seja contra traficantes de drogas, policiais corruptos ou uma quadrilha de falsificadores. Para atuar nas cenas de ação de Máquina Mortífera, Mel Gibson aprendeu três formas de artes marciais: jiu-jitsu, capoeira e o jailhouse rock, uma forma de luta dos escravos americanos.


O Grande Dragão Branco

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Considerado por muitos a melhor atuação de Jean-Claude Van Damme, O Grande Dragão Branco é um clássico do gênero pancadaria. Van Damme vive o papel de Frank Dux, lutador que passou boa parte da vida sendo treinado por Tanaka (Roy Chiao) para participar do kumite, um torneio mundial de artes marciais onde é comum que os participantes se machuquem seriamente e, às vezes, sejam mortos. Ao iniciar a competição, Frank logo percebe que seu principal adversário será o atual campeão, Chong Li (Belo Yeung), que tem a morte de alguns oponentes no currículo. Frank Dux realmente existe: entre 1975 e 1980, ele participou de 329 lutas, sem ter sido derrotado. O que torna O Grande Dragão Branco ainda mais imperdível é que Dux trabalhou como coordenador das lutas no filme, e seu condicionamento físico era tão rigoroso que o lutador disse que Van Damme não estava na forma adequada para o papel quando foi contratado. Dux formulou um programa de treinamentos de três meses especial para Van Damme, que classificou esse período como "o treinamento mais difícil de sua vida". O filme ainda contou com duas continuações (O Grande Dragão Branco 2, de 1996, e O Grande Dragão Branco 3, de 1999), mas nenhuma delas supera o primeiro capítulo.


Rambo 1, 2, 3 e 4

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Rambo dispensa apresentações. Não é exagero dizer que uma das primeiras imagens que vem à cabeça quando se fala de filmes de ação é a de Sylvester Stallone com cara de poucos amigos e uma metralhadora nas mãos. Stallone viveu o veterano da Guerra do Vietnã John Rambo pela primeira vez em 1982. Após ser preso injustamente pelo xerife Teasle (Brian Dennehy), Rambo consegue fugir e promove uma guerra não só contra o policial mas contra toda uma cidade, causando pânico e destruição. Rambo deveria morrer no final original do filme, mas sua sobrevivência garantiu que Stallone pudesse repetir a personagem para participar de missões suicidas no sudeste asiático, refugiar-se em um mosteiro budista e ajudar missionários que desejam levar alimentos e remédios às pessoas afetadas pela guerra na Tailândia. Em todas as produções, o número de armas e mortes que passam pelas mãos de Rambo são incontáveis. Em Rambo 4 (por enquanto o último filme da série), são mortas 236 pessoas, com uma média de 2,59 mortes por minuto.


A Força em Alerta 1 e 2

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Um poderoso navio de guerra que está sendo desativado é vítima de terroristas, que planejam assumir o controle da embarcação. Porém, eles não contavam com a presença de um super agente (Steven Seagal) que está a bordo, disfarçado de cozinheiro. O segundo filme segue a mesma linha da produção inicial, mas desta vez Seagal está a bordo de um trem para fazer uma viagem com sua sobrinha. Mais uma vez, terroristas resolvem entrar no caminho do herói e sequestram o trem, com o intuito de usá-lo como um quartel-general móvel para roubar um satélite de grande poder de destruição. Só que Seagal mais uma vez não dorme em serviço e desmantela toda a operação praticamente sozinho. Com seu famoso rabo de cavalo, Steven Seagal também ficou imortalizado como a imagem do policial durão,de poucas palavras, que atira para matar e não leva desaforo para casa.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Programas mais antigos da TV

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! TV.

Alguns programas de TV já estão no ar há muito tempo e grande parte de seus espectadores não têm ideia das diversas mudanças que essas atrações sofreram ao longo dos anos. Por exemplo: você sabia que o Silvio Santos já passou pela Rede Globo? E que A Praça é Nossa passou por cinco emissoras diferentes? Veja abaixo uma seleção dos programas mais antigos da TV brasileira e um pouco de sua história.


Programa Silvio Santos (1963 - atualmente)

Silvio Santos é provavelmente o apresentador mais influente da televisão brasileira. O que pouca gente sabe é que ele também já fez parte da sua maior rival: a Rede Globo. O Programa Silvio Santos começou em São Paulo em tempo alugado pelo empresário na TV Paulista, em 1962, uma emissora local que mais tarde seria absorvida pela Globo. Seu programa tornou-se líder de audiência em 1969, transformando Silvio em celebridade e fez do Baú da Felicidade um fenômeno de vendas. Mas a incompatibilidade crescente com o "Padrão Globo de Qualidade" e a dificuldade de negociação de contratos levaram a atração a se transferir para a TV Tupi em 1976. Em seguida, Silvio comprou o canal 11 do Rio de Janeiro, passando a transmitir seu programa na recém-nascida TVS (TV Studios) a emissora que em 1981 viria a se tornar o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão). Em sua própria rede, o Programa Silvio Santos se tornou um agrupamento de vários programas de auditório, dentre eles o Show de Calouros, Domingo no Parque, Roletrando, Namoro na TV, Porta da Esperança, Topa Tudo Por Dinheiro, Gol Show, Tentação, Hot Hot Hot, Qual é a Música?, TV Animal, entre outros. A partir da década de 80, Silvio abriu espaço gradual para outros apresentadores, como Gugu Liberato, Celso Portiolli, Hebe Camargo, Ratinho, Otávio Mesquita e outros. Em 2001, Silvio continuou a diminuir sua atuação como apresentador e o Programa Silvio Santos deixou de existir com esse nome. Mas em março de 2007, Silvio voltou atrás em sua semi-aposentadoria, passando a apresentar alguns programas da grade do SBT. Em junho de 2008, Silvio voltar a apresentar o novo Programa Silvio Santos, com de 4 horas de duração. Nesta fase mais recente, a participação da garota Maísa Silva arrancou boas risadas ao tentar arrancar a peruca do chefão Silvio.


Programa Raul Gil (1967 - atualmente)

Seguindo uma linha similar ao Programa Silvio Santos, Raul Gil passou por todas as grandes redes de televisão do Brasil - com exceções da Rede Globo e RedeTV! - Rede Excelsior (1967-1970), Rede Tupi (1975-1980), Rede Manchete (1996-1998), Rede Record (1986-1996 e 1998-2005), Bandeirantes (2005-2010) e SBT (1981-1985 e 2010 até hoje). Com um estilo popularesco, mas um pouco mais conservador e tradicional, Raul mantém em seu programa quadros de muito sucesso, como o Jogo do banquinho, Eu e as crianças, Crianças curiosas, Jovens Atores Kids, Concurso de fantasia e Mulheres Que Brilham.


Jornal Nacional (1969 - atualmente)

O Jornal Nacional é um dos telejornais mais assistidos e reconhecidos do país, tendo, ao longo de sua existência, acumulado diversos prêmios. Hilton Gomes e Cid Moreira comandaram a primeira edição do programa em 1º de setembro de 1969, cujo nome do programa derivava de seu primeiro patrocinador - o Banco Nacional. Moreira formou com Sérgio Chapelin a dupla que mais tempo apresentou o telejornal (de 1972 a 1979). Em 1983, Chapelin trocou a TV Globo pelo SBT e foi substituído por Celso Freitas. Mesmo voltando para emissora no ano seguinte, Chapelin somente voltaria a apresentar o JN em 1989, permanecendo na bancada com Cid Moreira até 1996. Depois, William Bonner e Lillian Witte Fibe assumiram a bancada como parte do projeto de substituir locutores por jornalistas na apresentação dos telejornais da Globo. Em 1998, vários apresentadores interinos passariam pelo JN, incluindo Sandra Annenberg, Mônica Waldvogel, Ana Paula Padrão e Carlos Nascimento. Finalmente, em 30 de março de 1998, Fátima Bernardes passou a fazer dupla com seu marido, William Bonner, até dezembro de 2011. Com a saída de Fátima para comandar um programa matutino, Patrícia Poeta assumiu como âncora do programa, ao lado de Bonner. Ainda assim, o programa têm dez apresentadores eventuais, que apresentam o jornal aos sábados ou nas folgas do âncoras: Alexandre Garcia, Ana Paula Araújo, Carla Vilhena, Chico Pinheiro, Christiane Pelajo, Evaristo Costa, Heraldo Pereira, Márcio Gomes, Renata Vasconcellos e William Waack.


Fantástico (1973 - atualmente)

A revista eletrônica da Rede Globo ainda é considerada o programa tradicional de muitas famílias brasileiras na noite de domingo. Uma das partes mais chamativas do Fantástico eram as vinhetas de abertura, apresentando inovações para a história da TV brasileira, com conceitos que misturavam música, coreografias e elementos gráficos em 3D. Principalmente durante os anos 80 e início dos 90, o Fantástico também apresentava a estréia de clipes de grandes nomes da música da época. Entre os principais apresentadores que já passaram pela história do programa estão Valéria Monteiro, Fátima Bernardes, Cid Moreira, Sérgio Chapelin, Celso Freitas, William Bonner, Pedro Bial, Glória Maria e Patrícia Poeta. Atualmente os apresentadores do programa são Zeca Camargo, e Renata Ceribelli, com Tadeu Schmidt apresentando as notícias sobre esportes.


Globo Repórter (1973 - atualmente)

Atualmente apresentado por Sérgio Chapelin e Glória Maria, o Globo Repórter estreou em 3 de abril de 1973, em substituição ao extinto Globo Shell Especial. O programa nasceu da ideia de criar um jornalístico semelhante ao 60 Minutes da CBS News, mas produzindo cinedocumentários com narração do apresentador. Por conta dessa nova linguagem, o Globo Repórter passou a ser um veículo importante para vários cineastas brasileiros como Eduardo Coutinho, Maurice Capovilla, Walter Lima Júnior, Vladimir Carvalho e Gregório Bacic exibirem seus documentários, focalizando muitos aspectos da sociedade brasileira, e que hoje em dia são considerados clássicos do gênero documental no Brasil. Em 1983, a apresentação do programa passou a ser de Eliakim Araújo e o jornalístico ganhou quatro blocos, que mesclavam informação e entretenimento. Depois de várias mudanças de horário na grade de programação da Rede Globo, em 2013 o programa comemora 40 anos nas noites de sextas-feiras, depois da novela das nove.


Viola Minha Viola (1980 - atualmente)

O programa musical mais antigo da TV brasileira, Viola, Minha Viola também é um dos mais tradicionais divulgadores da música caipira do Brasil. Com 33 anos de apresentação ininterrupta, a atração estreou em 25 de maio de 1980, capitaneada no início por Moraes Sarmento e Nonô Basílio. Em seguida, Basílio foi substituído por Inezita Barroso, que assumiu sozinha a apresentação do programa após a morte de Sarmento, em 1998. O programa já reuniu grandes nomes da música capiria, incluindo Almir Sater, As Galvão, Liu & Léo, Pedro Bento & Zé da Estrada, Cezar & Paulinho, Craveiro e Cravinho, Daniel, Zé Mulato e Cassiano.


Flash / Amaury Jr Show (1982 - atualmente)

Amaury Jr se tornou reconhecido como um dos principais colunistas sociais, estabelecendo um modelo seguido por vários apresentadores. Em 1982, quando lançou na Rede Gazeta o programa Flash, a atração era apenas uma cobertura de cinco minutos das festas fechadas paulistanas. Seis meses depois, o programa foi transferido para a Rede Record e, no ano seguinte, para a Rede Bandeirantes, onde ganhou expressão nacional. Na Bandeirantes, Amaury Jr. ampliou a cobertura do programa, passando a visitar mais festas e eventos fora de São Paulo, além de viagens internacionais (como Punta del Este e a Flórida), fato que culminou em entrevistas com personalidades como Julio Iglesias, Tony Bennett, Donald Trump, Celine Dion, Shirley MacLaine e Sarah Brightman. Em 2001, Amaury Jr. trocou a Bandeirantes pela Rede Record, mas seu relacionamento com a nova administração da Record foi conturbado; o apresentador acusou a emissora de cortar tempo e equipe do programa, tirar a atração do ar por ato arbitrário, impor restrições ao conteúdo editorial e atrasar o lançamento de um segundo programa previsto no contrato. Em 2002, o colunista voltou à TV com o Programa Amaury Jr pela Rede TV. Além da cobertura regular de festas e viagens (pelo apresentador em pessoa ou pelos repórteres de sua equipe), o atual programa incorpora características de talk show, com um bloco de entrevistas em estúdio.


Vídeo Show (1983 - atualmente)

O Vídeo Show surgiu em 1983, com o intuito de apresentar bastidores dos programas da Rede Globo e manter viva a memória do canal. Inicialmente, o programa era exibido aos domingos, mas quatro anos depois, passou para as tardes de sábado. Desde 1994, vai ao ar de segunda a sábado, às 13h45, com 45 minutos de duração. A atriz Tássia Camargo foi a primeira apresentadora do Vídeo Show e ficou no ar durante algumas edições. Depois, foi inaugurado um rodízio de cerca de 60 apresentadores - entre eles, William Bonner, Galvão Bueno, Tony Ramos, Nuno Leal Maia, Paulo José, Malu Mader, Lauro Corona, Paulo Betti, Carla Camuratti, Patrícia Pillar e Kadu Moliterno. Em 1987, Marcelo Tas assumiu o comando da atração, na pele do personagem "Cabeça Branca". No mesmo ano, Miguel Falabella se tornou o apresentador titular. Falabella foi o apresentador que ficou mais tempo no programa, até ser substituído no final de 2001 por André Marques. Cissa Guimarães, a "garota que quebra o côco mas não arrebenta a sapucaia" (bordão repetido diversas vezes por Falabella) foi a narradora e repórter do programa desde 1984 e também deixou a atração em 2001. Com a nova equipe, o programa também ganhou um novo cenário, com participação da apresentadora Angélica comandando o quadro Vídeo Game, um game show envolvendo celebridades e seus conhecimentos sobre a programação da TV Globo. Em 2004 e 2007, a atriz e apresentadora Fernanda Lima assumiu o comando do Vídeo Game, durante a licença-maternidade de Angélica. Em julho de 2002, o Video Show completou três mil apresentações, passando por outra reformulação e reunindo três novos repórteres: Ana Furtado, Bruno de Lucca e Renata Simões.


Roda Viva (1986 - atualmente)

Um dos mais antigos e respeitados programa de entrevistas da televisão brasileira, o Roda Viva conta com diferentes entrevistadores, convidados de acordo com as suas áreas de atuação e conhecimento em relação ao entrevistado em pauta. Em seu formato regular, o entrevistado se posiciona no centro de uma arena de onde responde às perguntas de entrevistadores selecionados entre jornalistas dos principais veículos da imprensa brasileira, bem como especialistas na área de atuação do entrevistado. O programa não tem um perfil definido de entrevistados, tendo como convidados diversos líderes políticos, escritores, esportistas, filósofos, músicos entre outras pessoas que sejam consideradas notórias para Brasil e para o mundo, tendo sido feitas também entrevistas em outros idiomas além do português. O Roda Viva já recebeu convidados variados como Marina Silva, Ayrton Senna, o cineasta David Lynch, a cantora Elza Soares e o cartunista Laerte. O programa e é apresentado por Mario Sergio Conti, ex-editor da Veja e do Jornal do Brasil.


A Praça é Nossa (1987 - atualmente)

Apesar de A Praça é Nossa ser parte da grade de programas do SBT desde meados dos anos 80, a atração estreou na televisão em 1957 no canal TV Paulista sob o nome A Praça da Alegria, criado por Manuel de Nóbrega. Nas décadas seguintes passou pela TV Record e TV Rio, Rede Globo e Rede Bandeirantes, chegando a ser apresentado por Luís Carlos Miele e depois pelo filho de Manuel, Carlos Alberto de Nóbrega . Com o humor e irreverência característicos, A Praça já revelou humoristas como Ronald Golias, Maria Tereza e o ator Jorge Lafond, que eternizou a personagem Vera Verão. Outros nomes ilustres ainda continuam no programa, como Moacyr Franco, Canarinho, Carlos Koppa e Jorge Loredo.


Jô Soares Onze e Meia / Programa do Jô (1988 - atualmente)

Jô Soares Onze e Meia era um talk show inspirado nos programas de Johnny Carson e Late Show de David Letterman. A atração, que durou de 1988 a 1999 no SBT, caracterizou-se por mostrar o lado entrevistador de Jô Soares, que até então era mais conhecido como humorista. Durante esta fase, ficou famosa a entrevista polêmica entre Jô e o então presidenciável Fernando Collor de Melo. Em 1989 no dia 12 de julho foi realizada no programa a última entrevista de Raul Seixas, que faleceria no mês seguinte. Em 1995, a banda Mamonas Assassinas fez uma de suas primeiras aparições na TV, antecedendo seu sucesso meteórico. Em 2000, Jô Soares foi para a Rede Globo para apresentar uma atração semelhante, batizada simplesmente de Programa do Jô.


Metrópolis (1988 - atualmente)
Metrópolis é um programa da TV Cultura que cobre diariamente assuntos relacionados à arte e à cultura em geral; música, cinema, teatro, artes plásticas, moda, games e comportamento. A primeira edição foi ao ar em 4 de abril de 1988, apresentado por Ricardo Soares e Maria Amélia Rocha Lopes. O objetivo do programa é revelar a diversidade dessa produção e reunir elementos da cultura erudita, popular, urbana e todas as formas de manifestação artística. Nesses 20 anos, o Metrópolis ajudou a iluminar a cena cultural e colaborou para a formação das novas gerações de artistas e consumidores de cultura do país.A curadoria do programa é de Hélio Goldjeinstein, diretor do núcleo de arte e cultura da TV Cultura. Entre apresentadores e repórteres antigos que fizeram parte da história do Metrópolis estão, por exemplo: Manu Ebert, Herbert Henning, Patrícia Travassos, Tuca Paoli, Cuca Lazarotto, Lorena Calábria, Laura Wie, Lala Dehenzelin, Cadão Volpato, entre outros. Atualmente o programa é apresentado por Marina Person, Cunha Jr. e Adriana Couto.


Domingão do Faustão (1989 - atualmente)

Criado para frear a audiência do Programa Silvio Santos, O Domingão do Faustão surgiu em 1989 e em pouco tempo se tornou líder de audiência nas tardes de domingo. Desde seu início, o programa conta com uma banda que toca ao vivo e um grupo de dançarinas, a Academia do Faustão. Apresentando também entrevistas com atores da emissora e cantores, o programa traz atrações populares divididas em vários quadros, juntamente com as tradicionais vídeo-cassetadas. A partir de 1996, a audiência do programa passou a ser ameaçada pelo Domingo Legal do SBT, e a direção passou a apostar em conteúdos apelativos, como o caso do órfão Rafael Pereira dos Santos, portador da síndrome de Seckel - que causa uma forma aguda de nanismo primordial. Exibido como uma aberração, Rafael foi ridicularizado pelo apresentador e por integrantes do grupo humorístico Café com Bobagem, por conta de sua aparência física, tendo inclusive sido obrigado a imitar o cantor Latino. O caso de Rafael levantou o IBOPE do programa, mas causou muita polêmica e protestos por parte da mídia e do Juizado de Menores do Rio de Janeiro, a ponto do então vice-presidente de operações da Rede Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, emitir um memorando interno proibindo exibições de quadros ou programas que apresentassem atos de baixaria, sensacionalismo ou que ferissem o chamado Padrão Globo de Qualidade. Em 2001, a emissora seria condenada pela justiça a indenizar Rafael em R$ 1 milhão. Em meados de 1997, para tentar desbancar o Domingo Legal, o programa estreou o polêmico "Sushi Erótico" - comida japonesa servida sobre o corpo de uma modelo nua - e acabou provocando inúmeros protestos dos telespectadores e até do Governo Federal. Mas essa apelação toda não adiantou muito: no início dos anos 2000, o SBT tomou a liderança absoluta da audiência, fazendo com que a Globo começasse a intervir no programa que não apresentava mudanças desde sua estreia: tentaram colocar no ar uma versão gravada, mas tanto a imprensa como a opinião pública criticaram duramente o programa. No final de 2008, Adriana Colin (responsável pelo merchandising), Caçulinha (diretor musical da banda) e Lucimara Parisi (diretora do programa) não tiveram seus contratos renovados e deixaram o Domingão.