quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Cypress Hill faz apresentação única em São Paulo

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Um dos mais populares grupos de rap de todos os tempos, o Cypress Hill faz show único no Brasil nesta quarta-feira (dia 27) no Espaço das Américas, em São Paulo. A última vez que o grupo se apresentou no país foi em 2011, para divulgar o álbum Rise Up, de 2010.

A apresentação faz parte da turnê sul-americana Insane In The Mente, que celebra os 20 anos de lançamento de Black Sunday, seu álbum mais aclamado e que consagrou definitivamente a trupe. A abertura da noite fica por de Edi Rock, um dos membros fundadores do grupo de rap Racionais MC's.

O Cypress Hill vendeu cerca de 18 milhões de cópias de seus discos ao redor do mundo, sendo o primeiro grupo latino de Rap a alcançar o primeiro lugar da Billboard e conquistar um disco de platina dupla com Black Sunday, em 1993. O grupo também venceu três Grammy Awards de Melhor Performance de Rap por Grupo ou Dupla: por "Insane in the Brain", em 1994; por "I Ain't Goin' Out Like That", em 1995; e por "Throw Your Set in the Air", em 1996.

Formado em South Gate, California, o Cypress Hill surgiu com Senen Reyes (Sen Dog) e Ulpiano Sergio Reyes (Mellow Man Ace), irmãos cubanos que migraram com a família para os Estados Unidos em 1971. Em 1988, os dois irmãos uniram-se a Lawrence Muggerud (DJ Muggs) e Louis Freese (B-Real) para formar um grupo de hip-hop chamado DVX (Devastador Vocal Excellence). Com a saída de Mellow Man Ace, o grupo logo mudou seu nome para Cypress Hill.

Depois de gravar uma demo em 1989, o Cypress Hill assinou um contrato com a gravadora Columbia Records. Seu primeiro álbum, auto-intitulado, foi lançado em agosto de 1991. O disco chegou a vender dois milhões de cópias somente nos EUA e o grupo fez sua primeira aparição no Lollapalooza em 1992.

Em seguida veio Black Sunday, que estreou no número um na Billboard 200 em 1993, registrando a maior vendagem por um grupo de rap até aquele momento. Além disso, o Cypress Hill se tornou o primeiro grupo de rap a ter dois álbuns no top 10 da Billboard 200 ao mesmo tempo. Com "Insane in the Brain" virando hit, o álbum ganhou disco de platina triplo nos EUA.

Em seguida, o grupo solidificou sua popularidade além do nicho do rap, fazendo turnês com House of Pain, Funkdoobiest e Rage Against the Machine, além de participar da trilha sonora do filme Uma Jogada do Destino (Judgment Night), com uma parceria com o Pearl Jam na faixa "Real Thing" e com o Sonic Youth em "I Love You Mary Jane". Em 1994, o grupo tocou na edição mais recente do festival Woodstock e novamente no Lollapalooza, em 1995. Eles também apareceram no "Homerpalooza", episódio de Os Simpsons. No mesmo ano, o grupo lançou o terceiro álbum, Cypress Hill III: Temples of Boom, alcançando o número 3 na parada da Billboard com a força do hit "Throw Your Set in the Air".

Após mais dois discos e uma rápida pausa, a banda lançou um álbum de grandes sucessos em espanhol, batizado espertamente de Los maiores sucessos em espanhol. Em 2000, o Cypress Hill voltou experimentando com seu quinto álbum: um disco duplo, Skull & Bones trazia um lado composto de faixas de rap e outro explorando uma sonoridade mais próxima do rock. Com o álbum, o grupo alcançou o Top 5 da Billboard, impulsionado pelos singles "Rock Superstar" e "Rap Superstar". Logo após o lançamento de Skull & Bones, Cypress Hill e MxPx serviram como bandas de abertura de uma turnê do Offspring. O Cypress Hill continuou sua experimentação com o rock no álbum Stoned Raiders, em 2001, mas o efeito não foi tão bem sucedido quanto o álbum anterior.

Festival da Maconha

Apesar de já deixar explícita a sua admiração pela maconha em músicas como "Roll It Up, Light It Up, Smoke It Up" ("Enrole, Acenda, Fume") e "Yo Quiero Fumar", o Cypress Hill não deixou seu interesse na erva parar por aí; o grupo realiza anualmente o Smokeout Music Festival em San Bernardino, na Califórnia. O evento traz artistas de hip hop, música eletrônica, dubstep e metalcore e, como não poderia deixar de ser, é uma iniciativa a favor do uso de cannabis para fins medicinais. O primeiro festival foi realizado em 1998, e o mais recente, em março de 2012.


CYPRESS HILL EM SÃO PAULO
Onde? Espaço das Américas Endereço: R. Tagipuru, 795, Barra Funda - São Paulo, 01156-000
Data: 27/11/2013 (quarta-feira) 22h00
Quanto custa para entrar?
Camarote Limitado R$ 180,00 preço único
Pista 1º Lote R$ 80,00 - com carteira de estudante ou 1 kg de alimento
Pista Premium: R$ 120,00 (estudante ou 1 kg de alimento) - R$ 240,00 (inteira)
Para maiores informações, acesse o site.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Planeta Terra – Perfil de Lana Del Rey

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Sex symbol, desafinada, retrô contemporânea, farsa. Estes são apenas alguns dos termos mais utilizados por fãs e detratores para definir Lana Del Rey, uma das atrações do Planeta Terra Festival 2013, que acontecerá no dia 9 de novembro, no Campo de Marte, em São Paulo. Desde que seu primeiro hit "Video Games" começou a chamar atenção no mundo pop, as reações em torno da cantora sempre foram adversas.

Lana Del Rey é a persona de Elizabeth Woolridge Grant, uma nova-iorquina de 27 anos que ficou conhecida após postar um vídeo supostamente caseiro, gravado com uma webcam e editado pela própria cantora, em um canal no YouTube. Antes de "Video Games" se tornar um viral e atingir mais de 20 milhões de visualizações na primeira semana, Lana Del Rey já havia lançado material demo como May Jailer e um EP chamado Kill Kill em 2008, sob o nome Lizzy Grant. Em janeiro de 2010, a cantora voltou com o disco Lana Del Ray A.K.A. Lizzy Grant, lançamento que foi vendido por um breve período antes de ser removido pela sua própria gravadora, com o intuito de separar Lizzy Grant da nova fase da artista. Este lançamento recebeu péssimas críticas da imprensa musical.

Em janeiro de 2012 saiu o disco Born to Die pelas gravadoras Interscope Records e Stranger Records, gerando sete singles: "Video Games", "Born to Die", Off to the Races", "Carmen", "Blue Jeans", "Summertime Sadness" e "National Anthem". Com uma temática nostálgica, centrada em estética de músicas americanas dos anos 1950 e 1960, Lana Del Rey surgiu como uma "Nancy Sinatra gangster" ou "Lolita perdida na floresta", como a própria artista se define. O nome artístico "Lana Del Rey" é inspirado na atriz símbolo sexual dos anos 40, Lana Turner, e no carro de luxo dos anos 80, Ford Del Rey.



Diferente de seu trabalho anterior, o álbum Born to Die foi bem recebido pela crítica, fazendo com que ele ficasse entre os 50 melhores álbuns de 2012 por muitas revistas e jornais. No mesmo ano, aconteceu o relançamento do disco, intitulado Born to Die - The Paradise Edition, com a adição de sete faixas inéditas. No total, o álbum original e seu relançamento totalizaram vendas de mais de 2,9 milhões de cópias, sendo o quarto mais vendido do ano. Lana Del Rey também lançou o EP Paradise, vendendo mais de 151 mil cópias na primeira semana.

A cantora fechou o ano de 2012 sendo a personalidade mais procurada da internet, de acordo com o Google. Foram 722.000.000 buscas que a deixaram na frente de cantoras como Rihanna, Adele, Cher e Lady Gaga.

Mas Lana Del Rey não é unanimidade. Segundo os detratores, a cantora é uma farsa, uma artista meticulosamente montada com a fortuna do pai, o milionário Robert Grant. Os haters de plantão também afirmam que a cantora chama mais atenção pela beleza: os cabelos compridos e lábios carnudos, lembrando o estilo de Hollywood dos anos 60, garantiram contratos com a empresa de moda Next Model Management, a multinacional sueca H&M e a marca de automóveis Jaguar.

Em 14 de janeiro deste ano, Lana Del Rey foi a convidada especial do tradicional programa humorístico americano Saturday Night Live. Sua performance foi desastrosa: além de desafinar demais durante as duas músicas que apresentou, ela mal conseguiu se movimentar no palco. A apresentação chegou a ser classificada como um dos piores momentos do Saturday Night Live.

Porém, há quem defenda a cantora: David Kahne, produtor de Del Rey e também de álbuns de Paul McCartney, Regina Spektor e Kelly Clarkson, elogiou as suas habilidades de voz e composição, dizendo também que Lana é "uma compositora inteligente". Mas ele mesmo deu o braço a torcer sobre a beleza ser mais forte que os talentos musicais da cantora, afirmando que "ela definitivamente possui um ângulo muito poderoso sobre a imagem".

Independente de críticas, Lana Del Rey continua firme com seus projetos. A cantora liberou nesta semana uma prévia do curta Tropico, que tem na trilha as faixas "Body Electric", "Gods & Monsters" e "Bel Air". Assinada pelo diretor Anthony Mandler, a produção encerra a divulgação do EP Paradise. O mini filme tem duração de 30 minutos e ainda não tem previsão de estreia oficial.

Lana Del Rey
Formação atual da banda: Lana Del Rey (vocais), Blake Lee (guitarra), Byron Thomas (piano), Ronald "CJ" Alexander (baixo), Leonard Tribbett Jr (bateria), Anna Croad, Ellie Stanford, Hayley Promfett, Nozomi Cohen e Sarah Chapman (cordas).

Discografia: Lana Del Ray A.K.A. Lizzy Grant (2010), Born to Die (2012), Paradise (2012).

Curiosidade:
Antes de se tornar cantora, Del Rey queria ser poetisa. Lana cita os escritores Walt Whitman e Allen Ginsberg como influências para suas composições. Lana inspira-se, também, nos livros de Vladimir Nabokov, principalmente sua obra prima "Lolita". A paixão por Nabokov e Whitman é tão grande que a cantora tem uma tatuagem dedicada aos dois.

Planeta Terra - Perfil de Beck

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Mais de dez anos se passaram desde que Beck Hansen veio ao Brasil para subir ao palco do Rock in Rio 2001. Desta vez, o músico chega ao país como uma das atrações do Planeta Terra 2013, que acontece no dia 9 de novembro, no Campo de Marte, em São Paulo.

Promovendo uma colagem sonora de estilos musicais, como folk, funk, soul, hip hop, rock alternativo, country e psicodelia com letras irônicas, arranjos modernos incorporando samples, baterias eletrônicas, instrumentação ao vivo e efeitos, Beck é aclamado por crítica e público como um dos mais criativos e idiossincráticos músicos da década de 1990 e 2000. Ao longo de uma carreira de mais de 20 anos, Beck lançou 11 álbuns de estúdio, além de vários singles, projetos paralelos e um livro de partituras.

Beck Hansen nasceu em 8 de julho de 1970, em Los Angeles. Com uma família de artistas - ele é filho da atriz Bibbe Hansen e do músico David Campell - o jovem Beck cresceu num ambiente que incentivava o seu interesse pelas artes e claro, por música, especialmente folk e blues. Aos 14 anos, Beck acompanhou o surgimento da cena hip hop de Los Angeles. Algum tempo depois, Beck passou a morar com seus avós no Kansas, onde seu avô era um pastor da igreja presbiteriana. Em seguida, ele passou um tempo na Europa com seu outro avô, o também artista Al Hansen. Nessa época, Beck tocava violão com influência de blues do Mississippi, com letras improvisadas.

Beck saiu da escola aos 16 anos e resolveu se mudar para Nova Iorque, já decidido a seguir na música. Naqueles tempos, surgia no East Village um movimento underground chamado anti-folk, que combinava a sonoridade folk com a estética e atitude do punk. Beck foi fortemente influenciado por esta cena, embora não tenha se firmado nela. Por volta de 1990, ele estava de volta a Los Angeles, onde passou a se apresentar em bares e festas. A esta altura, a música de Beck refletia todos os estilos a que ele havia sido exposto: do folk ao blues, de hinos presbiterianos ao hip hop de rua, além de punk com letras de improviso.

Um exemplo de sua ainda nascente carreira musical é o single controverso "MTV Makes Me Want to Smoke Crack" para a gravadora independente Bong Load Custom Records. A tiragem era limitadíssima e os objetivos, além de registrar o seu trabalho, eram puramente promocionais e não comerciais. Nessa época, Beck seguia um estilo de vida totalmente durango, vivendo em um galpão infestado de ratos e trabalhando em uma locadora de vídeo onde separava as fitas da seção de filmes pornográficos em ordem alfabética por um baixo salário.



Os dois primeiros álbuns, Golden Feelings (1993), e Stereopathetic Soulmanure (1994) foram lançados em fita cassete e com esquema de gravação caseira. Os dois trabalhos foram relançados mais tarde por uma gravadora maior, na esteira do sucesso do single "Loser", a música que iria mudar a carreira de Beck para sempre.

Produzida pelo próprio Beck e o produtor de hip-hop Karl Stephenson, em muito pouco tempo "Loser" se tornou popular nos circuitos alternativos de Los Angeles. Com isso, Beck e seu hit instantâneo passaram a ser disputados pelas grandes gravadoras. A DGC levou a melhor e no início de 1994 veio Mellow Gold, considerado seu verdadeiro álbum de estréia, contendo "Loser" como principal single. A música foi considerada pela crítica músical como um hino da chamada 'geração x'.

Ainda em 94, Beck também lançou pelo selo independente K Records o disco One Foot In The Grave, com a participação de Calvin Johnson (vocalista da banda indie Beat Happening). O álbum foi gravado antes de Mellow Gold e traz uma sonoridade folk rústica e produção lo-fi, bem diferente dos álbuns que Beck lançaria pela sua principal gravadora.

O segundo disco pela DGC saiu somente em 1996. Odelay teve a produção dos Dust Brothers e conseguiu um resultado ainda mais harmonioso e explosivo da mistura bizarra do som de Mellow Gold. Odelay apresenta colagens de diferentes referências, unindo bossa nova (existe um sample de "Desafinado" de João Gilberto na faixa "Readymade") com rock, country, folk e rap. O disco produziu singles de sucesso, como "Where It's At", "Devils Haircut" e "The New Pollution", vendendo mais de 2 milhões de cópias nos Estados Unidos e alcançando o 16º lugar na parada Billboard 200.

Em 1998, veio Mutations, que não alcançou tanta popularidade quanto o anterior, mas que rendeu o Grammy de melhor álbum de música alternativa para o cantor. Mutations era um disco bem menos híbrido que os trabalhos anteriores, sendo mais concentrado na influência folk. Foi a primeira vez que Beck entrou em estúdio com uma banda de apoio, ao contrário do que acontecia antes, quando o cantor contava com participações especiais e músicos contratados.

Em 1999, chegou Midnite Vultures, um álbum de influência de soul music e letras bem humoradas. Neste registro, Beck explora mais o alcance de sua voz, recheando as canções com agudos e falsetes. Midnite Vultures também não repetiu o mesmo sucesso dos álbuns anteriores, mas rendeu uma enorme turnê mundial, que passou pelo Brasil em 2001 durante o Rock In Rio 3.

Em 2002, Beck voltou ao topo das paradas com Sea Change. O disco foi recebido com entusiasmo pela crítica, e mostra mais uma mudança de direção: melodias introspectivas, com influência do folk britânico e melancólico de Nick Drake. As faixas misturam a simplicidade de temas acústicos com belos arranjos de cordas e discretos efeitos eletrônicos. O disco rendeu os singles "Lost Cause" e "Guess I'm Doing Fine". Para a turnê de divulgação de Sea Change, Beck contou com um reforço notável: os malucos do Flaming Lips. Além de banda de abertura, o Flaming Lips tornou-se também a banda de apoio do artista.

Com Guero, lançado em 2005, o músico voltou a se aproximar do estilo musical de Odelay, mais uma vez com a produção dos Dust Brothers e com canções baseadas em samples. Jack White, (na época do badalado White Stripes) participou de uma faixa, mas o tom do disco é mesmo o caldeirão sonoro de Odelay. Trazendo faixas como "E-Pro", "Girl" e "Hell Yes", o álbum também caiu nas graças da crítica e do público.

The Information (2006) foi inspirado pelo hip hop, trazendo singles como "Think I'm in Love", "Cellphone's Dead" e "Nausea", além da 7ª posição na Billboard 200 e o título de 24º melhor álbum do ano pela revista Rolling Stone americana. Em 2008, Beck apareceu com mais uma mudança no som, focando Modern Guilt nas influências dos anos 60. O disco trazia canções como "Gamma Ray", "Chemtrails" e "Youthless" e foi classificado como o 8º melhor do ano pela Rolling Stone.

Depois de uma pausa nas atividades e turnês, Beck dedicou-se a projetos mais intimistas, como o Record Club, no qual ele e outros músicos tinham o propósito de regravar álbuns considerados clássicos em apenas um dia. Até o presente momento, o Record Club realizou versões de álbuns de Velvet Underground, Leonard Cohen, Skip Spence, INXS e Yanni.

No verão de 2013, Beck disse estar trabalhando em dois novos álbuns de estúdio: um disco acústico na veia de One Foot in the Grave e outro descrito como uma sequência para Modern Guilt. Em outubro de 2013, foi anunciado que Beck assinou um novo contrato com a Capitol Records e planeja lançar um novo álbum, chamado Morning Phase, em fevereiro de 2014.

Beck
Discografia: Golden Feelings (1993), Stereopathetic Soulmanure (1994), Mellow Gold (1994), One Foot in the Grave (1994), Odelay (1996), Mutations (1998), Midnite Vultures (1999), Sea Change (2002), Guero (2005), The Information (2006), Modern Guilt (2008).

Curiosidade:
Beck é fã assumido da música brasileira, tanto que o título do álbum Mutations seria uma referência aos Mutantes e a música "Tropicalia" uma homenagem ao movimento de mesmo nome. Em 2011, ele colaborou com Seu Jorge em uma faixa intitulada "Tropicália (Mario C 2011 Remix)" para um álbum da iniciativa beneficente Red Hot Organization.

Planeta Terra - Perfil do The Roots

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.


Criado nos Estados Unidos em 1987, o grupo The Roots é uma das atrações do Planeta Terra Festival 2013, que acontecerá no dia 9 de novembro, no Campo de Marte, em São Paulo. Conhecida como a banda principal do programa norte-americano "Late Night with Jimmy Fallon", The Roots já lançou 10 álbuns de estúdio, dois EPs e dois álbuns colaborativos e tem colaborado com uma vasta gama de artistas de diferentes gêneros. Ganhador de três Grammy Awards, o grupo é frequentemente elogiado pela crítica por sua abordagem "hip hop band", unindo toques de neo-soul e jazz ao gênero, tocado ao vivo com instrumentos.

O grupo iniciou suas atividades quando o rapper Black Thought (Tariq Trotter) e o baterista Questlove ( Khalib Ahmir Thompson) se tornaram amigos na Philadelphia High School for Creative Performing Arts. Fazendo pequenas apresentações nas calçadas ao redor da escola e em shows de talentos locais, a dupla logo recrutou o baixista Hub (Leon Hubbard) e o rapper Malik B., transformando-se em uma grande atração nos clubes underground da Filadélfia e Nova Iorque, no início dos anos 90.

Depois de várias apresentações em pequenas casas de show nos Estados Unidos, o grupo foi convidado a representar o hip- hop americano em um show na Alemanha. Impulsionado pela oportunidade, a banda gravou um álbum independente para vender em shows. Lançado em 1993, Organix! é um trabalho mais centrado na construção de grooves do que em hits, mas despertou a atenção de algumas gravadoras. No mesmo ano, o The Roots assinou contrato com a DGC.

Em janeiro de 1995 saiu o primeiro álbum do grupo por uma major label: Do You Want More?!!!??!. Abandonando o protocolo habitual do hip- hop , o álbum trazia o conceito de "hip hop band" seguido à risca, sendo produzido sem qualquer tipo de samples ou remixes.



Em seguida, em 1996, veio Illadelph Halflife, impulsionado pelo single "Clones". O terceiro álbum, Things Fall Apart de 1999, é até o momento o maior sucesso comercial e de crítica do The Roots, sendo indicado para o Grammy de Melhor Álbum de Rap. A canção "You Got Me" (que conta com participação da cantora Erykah Badu) ganhou o prêmio de Melhor Performance de Rap por um Duo ou Grupo.

Depois do lançamento de Phrenology, no final de novembro de 2002, a banda realizou uma série de jam sessions para dar a seu próximo álbum uma atmosfera mais descompromissada. O resultado destas jams foram editados em dez faixas e lançado como The Tipping Point, em julho de 2004. No mesmo ano, o grupo participou de um concerto no Manhattan Webster Hall , com convidados especiais como Mobb Deep, Young Gunz e Jean Grae. O registro da apresentação foi lançado em CD e DVD no início de 2005, como The Roots Presents. No final do ano, mais um lançamento extra: uma coletânea de raridades chamada Home Grown! The Beginner's Guide to Understanding the Roots.

Após os discos Game Theory (2006) e Rising Down (2008), o grupo expandiu ainda mais seu público ao tornar-se a banda oficial do programa de Jimmy Fallon, em 2009. Com o pico de popularidade, em 2010 vieram os discos How I Got Over e Wake Up! - este último uma parceria com John Legend, trazendo covers de clássicos do soul, como "Wake Up Everybody" e "Little Ghetto Boy". O trabalho com Legend provou ser outro sucesso de crítica, conferindo mais dois prêmio Grammy à banda: Melhor Performance de Vocal Tradicional em R&B por "Hang On In There" e Melhor Álbum de R&B, ambos em 2011.

No ano seguinte, o grupo lançou mais um álbum em parceria: Betty Wright : The Movie, desta vez com a lenda do soul Betty Wright. Em seguida, o incansável grupo soltou seu décimo-terceiro álbum de estúdio, Undun. O mais recente trabalho do grupo, de 2013, é outra parceria, desta vez com Elvis Costello, no álbum Wise Up Ghost. Para o fim do ano ou começo de 2014, o grupo planeja lançar mais um disco, previamente intitulado & Then You Shoot Your Cousin.

The Roots
Formação atual da banda: Black Thought (vocais), Questlove (bateria), Kamal Gray (teclados), F. Knuckles (percussão), Captain Kirk Douglas (guitarra), "Tuba Gooding Jr." Damon Bryson (sousaphone), James Poyser (teclados no Late Night With Jimmy Fallon e performances ocasionais), Mark Kelley (baixo).

Discografia oficial de estúdio: Organix! (1993), Do You Want More?!!!??! (1995), Illadelph Halflife (1996), Things Fall Apart (1999), Phrenology (2002), The Tipping Point (2004), Game Theory (2006), Rising Down (2008), How I Got Over (2010), Undun (2011).

Curiosidade:
Atuando como banda oficial do programa de Jimmy Fallon, o The Roots já serviu como banda de apoio de várias personalidades da música. Porém, a parceria mais inusitada e marcante da atração pode ser a participação do atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2012.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Dez motivos para assistir a um show do Red Hot Chili Peppers no Brasil

*Matéria originalmente publicada no Yahoo! OMG.

Uma das bandas mais carismáticas do rock americano, o Red Hot Chili Peppers volta ao Brasil em novembro depois de dois anos sem vir ao país. Formada atualmente pelo baixista Flea, o vocalista Anthony Kiedis, o baterista Chad Smith e o guitarrista Josh Klinghoffer, a banda traz na bagagem o show do disco mais recente, I'm With You , lançado em 2011.
Os Red Hot Chili Peppers já venderam mais de 80 milhões de álbuns em todo o mundo e ganharam ao todo 7 prêmios Grammy. O álbum mais vendido da banda é o Californication , lançado em 1999, com mais de 15 milhões de cópias vendidas. Todo esse sucesso culminou na inclusão do grupo no Hall da Fama do Rock, em 2012.

A primeira visita dos Chili Peppers ao Brasil foi em 1993, no extinto festival Hollywood Rock, que acontecia em São Paulo e no Rio de Janeiro. Era a época de Blood Sugar Sex Magic e o guitarrista John Frusciante tinha saído há pouco tempo - quem o substituiu foi Arik Marshall. Nesse show, Flea tocou sozinho uma cover de "The Needle and the Damage Done" de Neil Young e no dia seguinte fez uma participação especial no show do Nirvana , tocando um solo de trompete em "Smells Like Teen Spirit".
Em 1999, eles voltaram para um único espetáculo e, em 2001, participaram do Rock in Rio 3. Na quarta edição do evento, em 2011, também se apresentaram no Rock in Rio 4. O grupo também se apresentou na Arena Anhembi, na capital paulista.

Com tantas passagens pelo País, será que ainda vale a pena ver o Red Hot Chili Peppers? Listamos abaixo 10 motivos para não perder a passagem da banda pelo Brasil.


10. A banda de abertura
Desta vez, o Red Hot Chili Peppers vem acompanhado da banda nova-iorquina Yeah Yeah Yeahs , que também fará algumas apresentações no festival Circuito Banco do Brasil e será a banda de abertura no show de São Paulo. Liderado pela cantora Karen O., contando também com o guitarrista Nick Zinner e o baterista Brian Chase, o Yeah Yeah Yeahs estourou em 2003 com o primeiro disco Fever to Tell e seu som classificado como art punk. Em promoção do quarto álbum, Mosquito o Yeah Yeah Yeahs volta ao Brasil, onde se apresentou pela primeira vez em 2006, no hoje extinto TIM Festival.


9. Tem um brasileiro na banda
Apelidado de "pimenta brasileira" pelos fãs, Mauro Refosco é um percussionista brasileiro radicado nos Estados Unidos que participou das gravações do disco I'm With You e virou músico de apoio da turnê. Assim como Flea, Refosco é membro do supergrupo Atoms for Peace , que também conta com Thom Yorke, do Radiohead. Além disso, Refosco toca no projeto Forro in the Dark .


8. As jams
Os improvisos se tornaram parte importante dos shows dos Chili Peppers desde a época que o grupo contava com John Frusciante nas seis cordas. Mesmo após sua saída, o guitarrista Josh Klinghoffer segurou bem os momentos mais criativos da banda no palco. Com a participação de Mauro Refosco, as jams acabam ganhando um tempero brasileiro, com a inclusão de instrumentos como berimbau e zabumba.


7. Apesar de tiozões, ainda são feras
Pode nem parecer, mas o Red Hot Chili Peppers completou este ano 30 anos de existência. Em 13 de fevereiro de 1983, a banda realizou seu primeiro show, no Rhythm Lounge, em Hollywood. Na época, a trupe era formada por Anthony Kieds, Flea, Jack Irons e Hillel Slovak e chamada de Tony Flow And The Miraculously Majestic Masters Of Mayhem. Para garantir a energia na hora do show, os músicos meditam em uma sala especial, decorada com duas árvores naturais. Apesar da preparação zen, a banda ainda faz um show bastante cadenciado, alternando baladas como "Scar Tissue" com explosões suingadas como "Monarchy of Roses" e "By The Way".


6. Chad Smith
O baterista do Red Hot Chili Peppers completou 51 anos em outubro, mas a idade não atrapalha seu potente groove. Recentemente, Smith foi reconhecido como um dos mais influentes bateristas de todos os tempos pela MusicRadar. Aproveitando a deixa, no dia 2 de novembro, os mineiros vão poder bater um papo, aprender algumas técnicas e saber um pouco mais da carreira do artista, que dará uma "drum clinic" exclusiva para seus fãs em um shopping em Belo Horizonte. Será a primeira vez que o baterista participa de um evento como esse na América Latina.


5. Josh Klinghoffer
Josh Klinghoffer teve seu início no Red Hot Chili Peppers de maneira tímida, servindo como músico de apoio durante as turnês de 2007, tocando guitarra, teclado e fazendo alguns backing vocais. Porém, com a saída de Frusciante em 2009, Josh assumiu seu posto e se mostrou como um guitarrista melódico que também sabe encaixar boas doses de barulho em seus solos. Com participações em bandas como Ataxia, Warpaint, Gnarls Barkley, PJ Harvey e Beck no currículo, Klinghoffer se revelou uma escolha certeira para os Chili Peppers. Com a inclusão da banda no Hall da Fama do Rock, em 2012, Klinghoffer tornou-se o artista mais jovem a receber o prêmio, aos 32 anos - passando a frente de ninguém menos que Stevie Wonder, que tinha 38 anos ao ser nomeado.


4. Anthony Kiedis
Parece que o tempo (quase) não passa para o vocalista do Red Hot Chili Peppers. Com um passado de excessos com drogas como cocaína e heroína quase tão extenso quanto de namoradas (ele já namorou personalidades como Sofia Coppola, Jessica Stam, Sinéad O'Connor, Heidi Klum, Nina Hagen, Yohanna Logan, Jaime Rishar, Jennifer Bruce, Carmen Hawk e Haya Handel), Kiedis completa 51 anos no próximo dia 1 de novembro, ainda desempenhando bem o papel de frontman do grupo. O público feminino com certeza concorda.


3. Flea
A performance de Flea no palco já é um espetáculo à parte; além das peripécias e demonstrações de carisma nos shows, sua técnica apurada nas quatro cordas fizeram com que os leitores da revista americana Rolling Stone o apontassem como o segundo melhor baixista de todos os tempos, passando a frente de monstros como Cliff Burton (Metallica), Jack Bruce, Jaco Pastorius, John Paul Jones (Led Zeppelin), Les Claypool (Primus) e Paul McCartney - perdendo apenas para John Entwistle (The Who). Responsável por boa parte do groove que conduz o Red Hot Chili Peppers através dos seus quase 30 anos de carreira, curiosamente o primeiro instrumento que Flea tocou não foi o baixo: suas primeiras investidas como músico foram com um trompete, pois ele achava que rock era para "otários". Porém, na época da escola, o amigo (e primeiro guitarrista dos Chili Peppers) Hillel Slovak o ensinou a tocar baixo.


2. Sim, o show (sempre) vale a pena
Na edição de agosto de 2013 da revista americana Rolling Stone, a reportagem de capa trouxe o resultado da votação sobre os 50 principais shows ao vivo da música de todos os tempos. O Red Hot Chili Peppers apareceu na posição de número 21, eleito por críticos, escritores, músicos, donos de clubes e vários outros profissionais do mundo da música.


1. Os clássicos "Give It Away" e "Under The Bridge"
Se até aqui você ainda não se convenceu de quanto vale o show, chegou a hora de apelar: considere os clássicos. Se existe uma frase de guitarra, uma batida de bateria e linhas de baixo que traduzem exatamente como uma banda é, estes elementos estão em "Give It Away" , o primeiro grande hit do Red Hot Chili Peppers. Ao vivo, o ritmo frenético da canção sempre conta com momentos de catarse de Flea, pulando de um lado para o outro enquanto espanca seu instrumento. Em contraponto à agitação, "Under The Bridge" traz à tona o momento mais introspectivo de Anthony Kiedis no palco, com uma letra sobre seu vício em heroína e autoisolamento.



RED HOT CHILI PEPPERS EM SÃO PAULO
Onde? Arena Anhembi - Avenida Olavo Fontoura, 1209, Zona Norte - Santana
Data: 07/11, 22h.
Quanto custa para entrar? Entre R$ 120 e R$ 500.
Para mais informações, acesse o site aqui.
RED HOT CHILI PEPPERS NO RIO DE JANEIRO - CIRCUITO BANCO DO BRASIL
Onde? Parque dos Atletas - Rua Salvador Allende, s/n - Barra da Tijuca
Data: 09/11, 14h30.
Quanto custa para entrar? Entre R$ 120 e R$ 140.
Para mais informações, acesse o site do evento aqui.